Paraná

Coluna

Fora Feder!

Imagem de perfil do Colunistaesd
Professores pedem suspensão de edital que convoca prova presencial para contratação de professores temporários - APP-Sindicato
Estamos em greve de fome para barrar a destruição da educação pública do Paraná

O empresário Renato Feder, um dos donos da Multilaser, foi o principal doador de campanha para a eleição municipal do município de São Paulo em 2016. Para assumir a educação municipal, investiu pesado contribuindo para a vitória do também empresário João Doria para prefeito da cidade.

Não foi aproveitado no ninho tucano. Nas eleições 2018, foi convidado para ser secretário de Minas Gerais, porém optou pelo Paraná. Desde sua chegada temos lutado contra o desmonte da educação pública do Paraná.

Inspirado na doutrina da meritocracia vem aplicando esse conceito como verdadeira tirania. Retomou a perseguição aos professoras/es doentes, prejudicando a distribuição de aulas; ampliou a jornada de trabalho de pedagogas/os e readaptadas/os; manteve a redução da jornada de hora atividade dos professoras/es; terceirizou os cargos de funcionárias/os das escolas, não moveu uma palha para garantir direitos de promoções e progressões, reajustes salariais.

Já na pandemia, correu para aplicar uma proposta que favoreceu as empresas ligadas à tecnologia, área da qual faz parte. No último período, ajudado pelos deputados governistas, aplicou um golpe de militarização das escolas, inclusive pretendendo fechar de vez o turno da noite.

A gestão do empresário Feder tem como principal objetivo colocar a avaliação dos estudantes paranaenses no primeiro lugar do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nacional. O governador Ratinho Jr (PSD), almeja lançar-se ao poder político com esse cartão de visita. Denunciamos que escolheu o caminho da fraude, da negação da ciência, do adestramento militar e da destinação de recursos públicos aos empresários.

Sim, o Paraná deve superar os estados que estão melhores colocados na avaliação nacional. Será um falso avanço pela exclusão de estudantes da Educação de Jovens e adultos, encerramento do ensino noturno, redução da oferta de ensino profissionalizante, além da militarização que torna as escolas menos reflexivas, com exclusão de investimentos.

Neste último período, Renato Feder encaminhou um contrato sem licitação para o edital de contratação dos professoras/es PSS (contratos temporários). Em mais de 15 anos, nenhum governo teve despesa com esse edital. Também os inscritos não tiveram que pagar inscrição, o que funciona bem.

Mas a fim de favorecer o mercado Feder e Ratinho Jr não nos deixou escolha. Há anos temos lutado contra a mercantilização da educação e demais serviços públicos. A eleição que favoreceu o avanço da chamada nova direita favoreceu esse quadro de destruição. Essas lideranças que estão no poder não vê a política como a possibilidade do bem comum mas o lucro acima da vida. Estamos em greve de fome para barrar a destruição da educação pública do Paraná.

Edição: Pedro Carrano