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Educação

Educadores denunciam ações autoritárias do governo do Paraná

Após ato na manhã desta terça (17), trabalhadores da Educação aguardam reunião com o governo

via APP-Sindicato |
Mobilização teve início às 7h, com uma caminhada do Parque Barigui até o Centro Cívico - João Paulo Vieira/APP-Sindicato

Trabalhadores da Educação, comunidade escolar e indígena, junto da APP-Sindicato, promoveram um ato protocolado durante a manhã desta terça-feira (17) para denunciar os ataques do governo Ratinho Jr contra a Educação Pública. Os manifestantes cobraram respeito aos professores e funcionários contratados pelo regime do Processo Seletivo Simplificado (PSS), e que o governador atenda às demais demandas da categoria. Durante o ato, medidas sanitárias foram adotadas para preservar a segurança das pessoas que participavam.

A mobilização teve início às 7h, com uma caminhada do Parque Barigui até o Centro Cívico, e reuniu centenas de trabalhadores. Entre as principais reivindicações da categoria estão a suspensão do Edital 47, que institui a realização de uma prova presencial em plena pandemia, a suspensão da militarização das escolas (incluindo o processo fraudulento de consulta), o não ao retorno das aulas presenciais, direitos de reajustes salariais e promoções e progressões, solicitação para a realização de concurso público, entre tantos retrocessos que estão impostos em uma gestão empresarial e não democrática do atual governo.

Já no Centro Cívico, a categoria foi recebida por comunidades indígenas paranaenses, que alertaram o risco para a educação indígena com a mudança do método de contratação de professores e a falta de respeito à cultura das aldeias ao estabelecer colégios cívico-militares para estudantes indígenas. O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, aponta que a categoria recebeu muito apoio da sociedade durante o percurso. “Eles entenderam a nossa mensagem de defesa dos nossos direitos, da Educação Pública e da necessidade de o governo fazer a revogação da prova para o contrato temporário”, afirmou.

A respeito da prova, Hermes Leão enfatiza que o governador Ratinho Jr e o secretário da Educação, o empresário Renato Feder, ao utilizarem uma postura negacionista, demonstram pouca preocupação com a saúde e dos paranaenses. “Fizemos nossa fala destacando também a falta de respeito do governador para com a vida dos trabalhadores e de toda a sociedade. O governo está colocando a vida de professores, funcionários de escola, pais e toda a comunidade escolar em risco ao convocar votações para instituir escolas cívico-militares e eleição de diretores de escola, além da infame prova para PSS”, explicou. 

No período da tarde, a direção estadual da APP-Sindicato participará de uma reunião com representantes do governo para cobrar que as pautas sejam atendidas. O Sindicato ressalta ainda que continuará mobilizado até que Ratinho Jr e Renato Feder atendam às demandas da categoria.

Edição: Lia Bianchini