Paraná

EDITORIAL 191 PR

A educação sob ataque

A proposta destina recursos de diferentes ordens a poucas escolas no estado

Curitiba (PR) |
Desde 2019, professores, estudantes e trabalhadores de escola se mobilizam contra Bolsonaro e suas políticas
Desde 2019, professores, estudantes e trabalhadores de escola se mobilizam contra Bolsonaro e suas políticas - Giorgia Prates

A educação é uma frente de batalha entre aqueles que prezam pelo desenvolvimento crítico dos estudantes contra aqueles que a usam como forma de reprodução da ideologia dominante. No Paraná, o projeto empreendido por Ratinho Junior (PSD) e o secretário da educação Renato Feder tem caráter liberal, privatista e autoritário, seguindo a cartilha do governo Bolsonaro.

Na semana a, abriu-se nova disputa em torno da militarização, imposta pelo governo a cerca de 200 escolas públicas. A notícia chegou de surpresa até para os diretores dessas escolas que precisaram realizar uma consulta pública feita às pressas e sem nenhum debate com a comunidade escolar. A proposta destina recursos de diferentes ordens a poucas escolas no estado e fere o princípio da gestão democrática, colocando um militar à frente das direções gerais.

Na mesma semana, é lançado edital para aplicação de prova no Processo Seletivo Simplificado (PSS) que contrata milhares de professores e funcionários todos os anos. Em lugar de realizar concurso público, o governo insiste em manter esse serviço essencial de forma precarizada e ainda cobrar para fazer a seleção dos profissionais. Mesmo em período de pandemia, precisamos manter acesa a resistência por uma escola pública de qualidade.

Edição: Gabriel Carriconde