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''Volta às aulas e o direito à saúde e à vida'', por Rubens Bordinhão Neto

A proposta de retorno às aulas não tem tido apoio de pais e professores

Curitiba ( PR) |
Pais e professores não concordam com o retorno das aulas - Intersindical

Na terça-feira (6), o governo do Paraná anunciou o retorno às aulas presenciais no Estado a partir de 19 de outubro. A Secretaria de Saúde estadual informou que a retomada será gradual e ocorrerá de acordo com critérios mínimos de saúde, a partir de recomendações da OMS e Fiocruz. A questão diz respeito ao direito à saúde e à vida, já que envolve a exposição direta de profissionais da educação, estudantes e comunidades escolares ao risco de contaminação pela Covid-19, cujo índice de contágio e mortalidade é muito elevado. 

Coincidentemente, no mesmo dia, a Justiça de Minas Gerais suspendeu o retorno às aulas presenciais na rede pública daquele Estado, cujo retomada também estava marcada para dia 19 deste mês. Aqui no Estado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública já anunciou que fará greve caso o Governo insista na retomada das aulas presenciais.

A decisão da entidade vai ao encontro do que pensa a maioria das mães trabalhadoras do Paraná (86%) que, em recente pesquisa da CUT, não concordam com o retorno das aulas. Enquanto não há remédio ou vacina para Covid-19, a retomada às aulas presenciais é ainda muito perigosa. Apenas o distanciamento social é capaz de minimizar os efeitos da doença e assegurar o direito à saúde e à vida da população. 

Edição: Gabriel Carriconde