Pernambuco

Greve

Contra retorno de aulas presenciais, trabalhadores da educação decretam Greve em PE

Parecer de especialistas na área de saúde afirma não haver condições sanitárias para o retorno neste momento

Brasil de Fato | Recife (PE) |

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Sindicato afirma que não há condições sanitárias para o retorno das atividades escolares presenciais neste momento - Arquivo/Sintepe

Nesta quarta-feira (30), foi decretada greve pelos trabalhadores da educação em Pernambuco. A decisão contou com a presença de mais de 1.500 participantes em assembleia virtual realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). Na ocasião, estavam reunidos professores, servidores administrativos e analistas da educação da Rede Pública Estadual de Pernambuco. Com a "Greve em Defesa da Vida", como foi denominada, a categoria se coloca contra o retorno presencial das aulas. 

O Sintepe garante que não há condições sanitárias e de deslocamento que possam assegurar a saúde de toda a comunidade escolar e levou em consideração o parecer da Rede Solidária em Defesa da Vida (RedeSol-PE), que fala sobre o retorno das aulas presenciais e foi assinado por quatro médicos (as) com PHD nas áreas de Epidemiologia e Medicina Social, e subscrito por uma dezena de outros especialistas e entidades da sociedade civil. 

Após notificado, o Governo do Estado tem até a próxima segunda-feira (05), para deflagrar o movimento, quando haverá uma nova assembleia. Até a efetiva deflagração da greve, os serviços seguem em funcionamento. Por isso, trabalhadores que estão em trabalho remoto, continuam. 

O parecer da Rede traz dados sobre a situação da covid-19 em Pernambuco, indica que os 184 municípios do estado têm persistência clara da transmissão ativa do vírus e também pontua sob quais condições esse retorno poderia acontecer. "Que o retorno às atividades escolares presenciais seja feito no momento em que haja parâmetros que comprovem o arrefecimento da pandemia no estado e municípios, com base nos critérios da OMS e dos órgãos colegiados da saúde do Brasil", diz o documento.

As negociações entre a diretoria do Sintepe e o Governo do Estado continuam em aberto e com próxima reunião marcada para esta sexta-feira (02). 
 

Edição: Vanessa Gonzaga