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A loucura da volta aos estádios

Na semana em que Flamengo tem quase um time de infectados, pressiona pela volta das torcidas

Curitiba ( PR) |
Mais de 20 jogadores foram infectados pelo coronavírus - Agência Brasil

O Flamengo, time que fez pressão pela antecipação da volta do futebol no Rio de Janeiro, que foi a Bolsonaro para mudar as regras de transmissão de TV para se beneficiar, que está num ativo “lobby” pela volta das torcidas aos estádios já no próximo mês, está tendo uma das semanas difíceis dos últimos anos. 

Na Libertadores, tomou uma goleada de 5 a 0 para o Independiente Del Valle, no Equador. Ficou com sete jogadores infectados por Covid e fora da partida seguinte.  Ganhou mesmo assim do Barcelona de Guayaquill, voltou ao Brasil com pelo menos mais três jogadores infectados e quer adiar a partida contra o Palmeiras, no final de semana, pelo Campeonato Brasileiro. 

Mesmo com tudo isso, é um dos times que faz mais pressão para a volta da torcida aos estádios, já agora em outubro. Medida para a qual já conta com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e aval do governo federal. 

Tá tudo dominado 

Para essa volta do futebol, no país em que ainda morrem centenas de pessoas por dia de coronavírus, a CBF fez um “estudo” apresentando regras como até 30% do público da capacidade total dos estádios e jogos sem as torcidas adversárias. O Ministério da Saúde de Bolsonaro deu aval à medida, “desde que sejam mantidos protocolos e medidas sanitárias por parte de estados e municípios que vão receber as partidas.” 

Quem já frequentou um estádio sabe como será difícil manter medidas de isolamento, uso de álcool em gel e máscaras quando seu time fizer ou tomar gol. Na Europa, em que a pandemia diminuiu há alguns meses, as partidas continuam sendo disputadas sem público. 

 

Edição: Gabriel Carriconde