Rio de Janeiro

DIREITOS HUMANOS

Abrigo para LGBTI+, Casa Nem ganha novo local na Zona Sul do Rio de Janeiro

Mais de 60 moradores em situação de vulnerabilidade haviam sido despejados há quase um mês

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Casa Nem
Moradores haviam sido realocados provisoriamente em escola após ordem judicial de despejo - Defensoria Pública do RJ

Após uma ordem despejo judicial ocorrida no último dia 24 de agosto, em plena pandemia da covid-19, os mais de 60 moradores LGBTI+ em situação de vulnerabilidade da Casa Nem têm agora um novo lar. Na última sexta-feira (11), a direção da ONG recebeu as chaves do novo imóvel, que fica no Flamengo, na Zona Sul do Rio.

Desde o despejo de um prédio abandonado em Copacabana, os moradores estavam abrigados em uma escola pública no mesmo bairro. O imbróglio entre os donos do imóvel e a Casa Nem começou no ano passado, a partir de uma ação de reintegração de posse. O prédio que vinha sendo ocupado pelos moradores estava abandonado há mais de 10 anos.

Leia mais: Abrigo de LGBTs em situação de risco, Casa Nem sofre despejo em plena pandemia no Rio

A atuação da Defensoria Pública do Estado do Rio por parte do Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e dos Direitos Homoafetivos (Nudiversis) e do Núcleo de Terras e Habitação (Nuth), junto a órgãos estaduais e municipais, possibilitou a mudança dos moradores para um imóvel localizado no Flamengo e cedido pela Secretaria de Estado de Cidades.
 
- Durante toda essa tratativa, o Nudiversis participou fazendo articulações e contato com os órgãos, secretarias e autoridades, fazendo visitas a imóveis, cobrando uma solução para a questão da estabilidade habitacional dos moradores da Casa Nem. Estamos acompanhando a situação dessas pessoas desde que foi proposta a ação de despejo do imóvel da Lapa", afirmou a coordenadora do Nudiversis, Letícia Furtado.

O evento de entrega de chaves dos moradores LGBTI+  contou com a presença de pessoas da sociedade civil, representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, da Secretaria de Estado de Cidades e do Nudiversis.

Edição: Eduardo Miranda