Ceará

Coronavírus

Com mais de 200 mil casos de covid-19, governo do Ceará nega aumento progressivo

O governador Camilo Santana questionou os dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa

Brasil de Fato | Juazeiro do Norte (CE) |
O consórcio reúne profissionais da imprensa de seis veículos, em parceria para a divulgação dos dados sobre a pandemia no país - Reprodução

No Ceará, a mais recente atualização da plataforma Integra SUS, que compila dados alimentados pela Secretaria de Saúde do Ceará (SESA), apontou 8.764 mortes por Covid 19 desde o início da pandemia. Apesar de registrar queda nos óbitos pela doença, dados divulgados no dia 08 de setembro pelo consórcio de veículos de imprensa apontou um aumento no número de mortes no estado, com de 12% a mais de casos na média móvel de óbitos. A informação foi questionada pelo governador do estado, Camilo Santana, em live realizada em suas redes sociais no dia 10 de setembro.
    
Balanço

O consórcio reúne profissionais da imprensa de seis veículos, em parceria para a divulgação dos dados sobre a pandemia no país. Dados divulgados pelo consórcio na semana passada indicaram um aumento de 17% na média móvel de óbitos do estado que, até então, estava mantendo a estabilidade de casos e óbitos de acordo com os critérios de avaliação adotados pelo consórcio que prevê que uma variação de 15% ou menos é considerada como nível de estabilidade da doença. 
O governador Camilo Santana usou dados compilados pela plataforma Integra SUS para confrontar as informações divulgadas pelo consórcio. De acordo com Camilo, “a média de óbitos no estado tem diminuído semana a semana, tanto em número de casos quanto em número de óbitos”. O secretário estadual de saúde, Dr. Cabeto, confirmou a informação, alegando que houve um “erro metodológico” na apuração dos casos de óbitos no estado pelo consórcio. 
Em reportagem ao jornal O Povo, o G1, portal de notícias que integra a parceria de veículos de comunicação, informou que a variação se deve pela inclusão, no dia 02 de setembro, de 146 mortes relativas a meses anteriores que tiveram causas revisadas. 

Aglomeração constante
Apesar dos dados do integra SUS confirmarem a estabilidade no número de casos e mortes, o estado registrou aglomerações, principalmente em praias da capital e região litorânea. Em Jericoacara, cidade turística distante 488 km da capital, houve lotação na rede hoteleira, com registros de aglomerações e desrespeito às normas de segurança sanitária, durante o feriado do dia da independência. Em Canoa Quebrada também foram registradas lotações em praias, com banhistas sem máscaras. 
Em Fortaleza, são registradas superlotações em praias. Com o registro constante de aglomerações, é esperado que a média de casos da doença no estado tenha uma alta, como acontece no país que na semana passada, voltou a registrar taxas de transmissão em nível de descontrole.
 

Edição: Monyse Ravena