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Eleição UFPR

Comissão Eleitoral da UFPR aguardará parecer do MEC para compor lista tríplice

Comunidade acadêmica repudiou com protesto em frente ao Teatro da Reitoria pedindo que derrotado retirasse o nome

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Na foto, o atual reitor Ricardo Marcelo (reeleito) chega para reunião e passa pela faixa que pede a retirada do nome do candidato derrotado nas eleições para reitoria da UFPR - Divulgação

Nesta quinta, 10, os membros do Colégio Eleitoral da UFPR se reuniram para sessão DE composição da Lista Tríplice dos nomes mais votados para eleição de reitoria da instituição. A reunião aconteceu no Teatro da Reitoria com protestos do lado de fora realizado por estudantes, professores e técnicos administrativos que pediam que o candidato Horácio Tertuliano, derrotado nas eleições, retirasse o nome em respeito ao processo democrático que reelegeu o atual reitor e vice reitora. Ao fim, a reunião foi suspensa e remarcada para data posterior, pois houve dúvidas quanto à necessidade de enviar três nomes. A Comissão Eleitoral vai aguardar parecer do Ministério da Educação. (MEC)

Por lei, a Lista Tríplice indica à Presidência da República os nomes dos candidatos mais votados. No caso da eleição para reitoria da UFPR, realizada nos dias 1 e 2 e setembro, apenas duas chapas concorreram: a chapa 1, UFPR Forte, composta pelos professores Horácio Tertuliano Filho, como candidato a reitor, e Ana Paula Mussi Szabo Cherobim; e a chapa 2, a UFPR de Todos Nós, com os professores Ricardo Marcelo Fonseca e Graciela Inês Bolzón de Muniz, que concorrem à reeleição, nos cargos de reitor e vice.  Os vencedores foram os representantes da Chapa 2, com 91,11% dos votos totais, contra 8,89% da Chapa .

Ao longo da reunião, houveram dúvidas quanto a necessidade de apresentar três nomes já que apenas duas chapas concorreram. A Comissão Eleitoral, então, definiu que será realizada nova reunião para apresentar pareceres jurídicos da Procuradoria da UFPR e também do Ministério da Educação (MEC) quanto ao tema. Após, a lista tríplice será enviada ao Ministério da Educação e posteriormente à Presidência da República. A posse do novo reitor, após a escolha do MEC, acontece no dia 19 de dezembro, e o mandato é válido por quatro anos.

“Retira Horácio”

Tradicionalmente na grande maioria das universidades brasileiras, os candidatos derrotados retiram seu nome da lista por respeito ao processo democrático.  Como a chapa derrotada não se posicionou e por ser alinhada ao Governo Bolsonaro que já desrespeitou alguns pleitos eleitorais em universidades, um protesto aconteceu em frente ao local da reunião, com buzinas, faixas e pedidos para que Tertuliano retirasse o nome.  

Bolsonaro já nomeou derrotados em eleições de 2019  para reitoria da metade das universidades federais brasileiras previstas para aquele ano – e em um Centro Federal de Educação Tecnológica, o Cefet, no Rio de Janeiro. Das 12 nomeações, ele escolheu reitores com poucos votos ou até mesmo fora da lista tríplice em seis delas.

Edição: Gabriel Carriconde