Espírito expulso das tribos, alma errando pelos trigos. Tigre projétil gingando exu. É meu órfão e é azul esquivo. Anil de interiores, despido. De becos inferiores, rendido. Sem teto, sem túmulo. Da alquimia, homúnculo. Da ventania, matuto. Da carne eterna, sepulcro. A pele hematoma, a verve de uma bomba atômica, quando ora o pão e recebe a hóstia. Bebe malte dentro da garganta do diabo, neblinando lúpulus na levedura das nuvens. Forja a glória no fermento das deusas chuvosas, cintilando código de cidra nas ordens místicas pela orelha dos cogumelos. Fotodramatiza a missionária com mão selvagem no drink celeste dos matagais. Está no medo que incita a presa da naja, no esporo da bactéria, no tentáculo da caravela-do-mar, na toxina da mariposa, no temor na expedição em labirinto, no fluxo da areia movediça, no sono do feto alado, no balé do inseto capturado, no expiro das gemas e das geminídeas, na filiação do sol na máscara, na fagulha ritualística nos tinteiros, nos discursos invisíveis, nos aliens, nos aborígenes, nas palavras rezadas em saltos ornanentais.
Ainda espero-te, gota densa, desenhada, pronunciada.
Rascunho de deus em lábios flamejantes.
Edição: Gabriel Carriconde