Bahia

LUTAS

Julho das Pretas celebra o Dia da Mulher Negra

Atividades debatem impactos do racismo e sexismo na sociedade

Brasil de Fato | Salvador (BA) |
As atividades estão acontecendo on-line desde 30 de junho e seguem até o mês de agosto. - Divulgação

O Julho das Pretas, iniciativa criada em 2013 pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, comemora o dia 25 de julho, no qual se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latino-americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. O evento traz, anualmente, uma agenda elaborada por organizações e movimentos de mulheres negras da região Nordeste, e outros estados do Brasil, como Paraná, Pará, Amapá, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
Este ano, sua oitava edição tem como tema “Em defesa das vidas negras, pelo bem viver”. Todas as atividades estão acontecendo on-line, devido à pandemia do novo coronavírus. A programação, que começou em 30 de junho, segue até o mês de agosto. As atividades são gratuitas.
Neste final de semana, diversos grupos participam do evento. Na sexta (24), o Levante das Omins promove audiência pública de enfrentamento e combate à violência contra mulheres, com o tema “É possível amar pessoas trans/não binárias?”. A live será transmitida às 20h pelo Instagram.
O Grupo de Mulheres do Alto das Pombas (GRUMAP), que trabalha desde 1982 pela educação antirracista e sexista no bairro Alto das Pombas, em Salvador, apresenta duas lives no sábado (25): “Grumap educadora seguindo memórias ancestrais para o novo Tempo”, às 10h, e “Trocas pretas no firmar e formar identidades para o bem viver nesta sociedade estruturada pelo racismo”, às 19h. As atividades podem ser acompanhadas pelo Instagram.
De sexta (24) a domingo (26), às 16h, acontece o “I Seminário Lendo Mulheres Negras”, na plataforma Google Meet. O evento é promovido pelo projeto “Lendo Mulheres Negras”, criado em 2016 para valorizar e multiplicar o conhecimento sobre autoras negras e suas produções.
Diversas outras atividades estão na programação, contemplando várias frentes de luta: da violência a à pandemia, da arte e afetos à ciência. “A defesa das Vidas Negras, assim, no feminino, universaliza o tom da humanidade negra e afirma a diversidade das agendas políticas encapadas pelas mulheres negras”, afirma a organização do evento.
Confira aqui a agenda completa.

Edição: Elen Carvalho