Paraná

EDITORIAL 176

A solidariedade e a organização popular

''Cada comunidade organizada demonstra na prática o exemplo da força popular''

Curitiba |
Entre as doações, mais de 20 variedades de alimentos saudáveis, produzidos de forma agroecológica - Diangela Menegazzi

As medidas para amenizar a crise do coronavírus, como auxílio emergencial e programa comida boa, não chegaram a todos que precisam. Não ter um smartphone ou uma rede de internet, muitas vezes, pode ser definitivo para conseguir ou não os benefícios.

Por isso, muitas pessoas ficaram de fora. O prazo de inscrição acabou em 2 de julho e ainda tem gente que vai começar a receber a primeira parcela. Enquanto isso, as pessoas batalham todos os dias para garantir o teto onde moram e comida na mesa em muitas periferias.

Chegamos a mais de 80 mil mortes por Covid-19 e não temos, ainda, previsão da diminuição do contágio. E é neste momento que as organizações que compõem e atuam na Campanha Periferia Viva comprovam, na prática, que a solidariedade constitui uma saída de organização popular.

É com as comunidades que se consolida o trabalho de distribuição de alimentos para quem precisa, de melhorias estruturais para dar continuidade a ações que já existem, como hortas ou jantas comunitárias, é por onde construímos redes de conscientização e prevenção ao coronavírus. Cada comunidade organizada demonstra na prática o exemplo da força popular. Como dizem por lá, “se o governo não faz nada, é nós por nós por aqui.”

Edição: Gabriel Carriconde