Paraná

DEMISSÕES

Universidade Positivo demite em massa e fecha cursos presenciais

A universidade esperou a data limite para os docentes entregarem as notas dos alunos

Curitiba (PR) |
A maioria das demissões é motivada pela extinção de cursos de licenciatura na modalidade presencial - Divulgação

O grupo empresarial Cruzeiro do Sul, que comprou no fim de 2019 a Universidade Positivo, promoveu nesta quinta-feira (16) novas demissões em massa de professores da instituição. A informação foi repassada ao Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes), que apura as circunstâncias em que aconteceram os desligamentos.

A universidade esperou a data limite para os docentes entregarem as notas dos alunos, cujo prazo foi a noite desta quarta-feira (15), para divulgar a lista de demitidos.

Informações repassadas ao sindicato dão conta de novas demissões, o que tem preocupado a comunidade acadêmica. As dezenas de demissões aconteceram nos cursos de Biologia, Medicina, Psicologia, Engenharia, Direito, Publicidade e Propaganda, Design e Educação Física.

A maioria das demissões é motivada pela extinção de cursos de licenciatura na modalidade presencial. Segundo informações repassadas ao Sinpes, a UP não oferecerá mais aulas presenciais nas graduações de Ciências Biológicas, Educação Física, Pedagogia, Química, Matemática e Física.

O Centro Acadêmico de Ciências Biológicas (CacBio) se manifestou sobre mais uma série de demissões na universidade. “A UP tem demitido, desde as 8h30 da manhã, diversos professores sem nenhuma explicação. No meio da pandemia estamos sem informações, no escuro, nosso curso deve ser cancelado. É um dia muito triste e nos sentimos extremamente abalados. Há alunos com mais de 80% do curso de Biologia já concluído, existem estudantes fazendo trabalho de conclusão de curso. E agora?”, questiona o CacBio.

A UP foi adquirida pela Cruzeiro do Sul Educacional em dezembro de 2019. Na época a universidade contava com cerca de 1,6 mil trabalhadores e 33 mil alunos. Desde então a instituição passou por uma série de mudanças, constantes demissões e redução de salários e cargas horárias de professores e no fortalecimento da modalidade Ensino a Distância (EAD).

*Com informações de Sinpes

Edição: Pedro Carrano