Paraná

INDIFERENÇA

Política de Ratinho Jr repete o Bolsonaro do "E daí?"

As medidas restritivas nem eram tão restritivas assim quando o governo faz de conta que não pode nada

Curitiba (PR) |
As medidas restritivas nem eram tão restritivas assim quando o governo faz de conta que não pode nada - Rodrigo Felix Leal

No mesmo dia em que o Paraná bateu recordes de contaminação e de mortes confirmadas, o governador bolsonarista Ratinho Junior (PSD) resolveu "tacar o fo*%$"¨com relação às medidas restritivas de isolamento social que fecharam comércio e serviços não essenciais.

A decisão vai expor ainda mais a população ao contágio e a morte em um sistema de atendimento a beira do caos.

DISPARADA | O Brasil registrou 1341 mortes, chegando a 74 mil óbitos. Foram confirmados mais de 43 mil novos casos e o país chegou a 1,9 milhões de contaminados. O Paraná entra para o destaque negativo, totalizando 57 mortes, sendo 20 apenas em Curitiba. Uma alta de 109%.

CIDADE MODELO | Curitiba, aliás, foi a 5ª cidade brasileira com maior número de mortes provocadas por covid-19, conforme o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. Com 23 mortes, a capital do Paraná ficou atrás apenas de São Paulo (105 óbitos), Rio de Janeiro (77), Brasília (30) e Campinas (26).

DOBROU A META | Para se ter uma ideia da escalada dos números, em 1 de julho, quando o governo adotou a “quarentena restritiva”, eram 650 óbitos e 23965 casos confirmados. Agora, encerrando o período previsto no decreto, são 1129 mortes e 44870. Os números dobraram e Ratinho Junior quer adotar o liberou geral.

DECRETO NÃO PEGOU | As medidas restritivas nem eram tão restritivas assim quando o governo faz de conta que não pode nada. Segundo o Boletim In Loco, durante o período do decreto, o isolamento ficou na média de 40%. Ontem (14), atingiu 39,8%, ficando em 18o lugar entre os estados com isolamento.

Edição: Pedro Carrano