Paraná

ELEIÇÕES

Requião nega candidatura, mas admite concorrer se população o apoiar

Ex-senador deu entrevista exclusiva ao programa “Quarta Sindical” do BdF e CUT-PR

Curitiba (PR) |
Ex-governador durante o programa ''Quarta Sindical'' - Foto: Divulgação I Diagramação: Vanda Morais

O programa “Quarta Sindical” desta semana, transmitido pelo Facebook do Brasil de Fato Paraná e pela CUT-PR, entrevistou o ex-senador, ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba, Roberto Requião.

Diante da pergunta sobre sua candidatura a prefeito da capital neste ano, Requião negou e foi duro: “Perdi a eleição para o Senado em Curitiba de maneira vergonhosa. Fiz 150 mil votos. O (Flávio) Arns, que é um zero à esquerda, fez 240 mil. O Oriovisto (Guimarães), que estava morando na Alemanha, fez 500 mil. O Bolsonaro fez 75% dos votos aqui”, disse. Outro motivo apontado foi ter saído agora da presidência do Parlamento Europeu Latino-Americano e estar sintonizado em macroeconomia e na geopolítica do mundo.

Porém, ao analisar a administração do atual prefeito Rafael Greca, Requião disse que ele tem defeitos e qualidades como todo mundo. Mas que Greca tem uma “visão estética da cidade”, que quer fazer uma cidade para quem mora no centro e nas regiões mais ricas, mas que é “frio em relação aos direitos e necessidades da população trabalhadora”.

Sobre outras possibilidades, afirma que gostaria de apoiar um candidato de verdade para a prefeitura, “mas parece que está todo mundo brincando, daí acaba o Greca ganhando a eleição. Agora escolher entre Greca e Francischini , o que eles sabem disso? A cidade é uma máquina de morar, tem de ser construída pela população com uma administração centralizada, que sente as necessidades do povo”.

Ao dizer que não vê hoje nenhum candidato com perfil para vencer e resolver os problemas da população mais vulnerável, Requião abre uma brecha para sua candidatura. “Nós precisamos ter um candidato decente. Se você dissesse para mim, ‘Requião temos uma pesquisa aqui, a população de Curitiba acha que você pode ser um excelente prefeito depois de tudo que fez e quer que você seja prefeito de novo’, eu toparia. Mas não existe isso...”, disse.

Edição: Gabriel Carriconde