Paraná

LAVA JATO NO ESPELHO

Juíza Gabriela Hardt terá que explicar “bondade com chapéu” alheio

O ministro ainda lembrou o caso Dallagnol, que queria embolsar R$ 2,6 bilhões da Lava Jato

Curitiba (PR) |
"Gabriela ainda terá que explicar se a doação milionária decorre “de processos com trânsito em julgado" - Jonathan Campos

A juíza federal Gabriela Hardt, aquela que copiava sentenças do ex-juiz Sérgio Moro, terá que se explicar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela quis fazer “bondade com chapéu alheio”, se promovendo e promovendo a Lava Jato em mais um momento de crise da operação e suspeitas de irregularidades. Veja no Fio da Meada.

ASSINA O CHEQUE | A juíza, tal qual o procurador Deltan Dallagnol, que queria ser dono de um fundo bilionário de dinheiro recuperado na Petrobras e decidir onde ele seria usado, decidiu oferecer R$ 508 milhões recuperados em acordões de leniência para o combate à pandemia de Covid-19. O problema é que a conta não é dela e nem ela pode assinar esse checão.

TÁ SEM FUNDO | Agora, o CNJ cobra explicações da magistrada. O Corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martis, está intimando a juíza Gabriela Hardt para que dê explicações sobre os fatos. A determinação foi publicada na quarta-feira (8).

CONTA DE QUEM | A sucessora de Moro, aquela que “joiceou” a sentença no caso do Sítio de Atibaia, terá que dar “informações sobre qual a origem dos recursos oferecidos, se tais recursos estão depositados em conta vinculada ao juízo e se tais valores já foram
transferidos para os beneficiários”, ou seja, ao Ministério da Saúde.

PUXÃO DE ORELHA | Na determinação, o ministro teve que lembrar a juíza que repreendeu Lula que é o CNJ que “define a política institucional do Poder Judiciário na utilização dos recursos oriundos da aplicação da pena de prestação pecuniária”, segundo a Resolução 313.

NO CRÉDITO | Gabriela ainda terá que explicar se a doação milionária decorre “de processos com trânsito em julgado ou decisão judicial preclusa, quais os critérios utilizados para a definição da destinação dos recursos e para a seleção dos processos em que
tais recursos foram depositados”.

NO DÉBITO DE DALLAGNOL | O ministro ainda lembrou o caso Dallagnol, que queria embolsar R$ 2,6 bilhões da Lava Jato para fazer uma fundaçãozinha sua e com os coleguinhas. “Os membros do Ministério Público exorbitaram das atribuições  sobre destinação de receita pública, que está a encargo do Congresso Nacional”. Essa é a turma de Moro.

 

*As opiniões expressas em artigos de opinião no site, redes sociais e jornal do Brasil de Fato Paraná não refletem, necessariamente, a posição editorial do grupo.

Edição: Pedro Carrano