Rio Grande do Sul

COVID-19

Com aumento de internações, nove regiões do RS ficam na bandeira vermelha

Neste final de semana, com 1.166 novos casos confirmados, estado superou a marca de 25 mil pessoas já infectadas

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Mapa é preliminar e será confirmado nesta segunda-feira (30), após avaliação dos recursos encaminhados pelos municípios - Divulgação SES SEPLAG

Com o agravamento da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, além das quatro regiões que já estavam na bandeira vermelha, o mapa do distanciamento controlado apontou piora nos indicadores em outras cinco regiões: Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo. Somadas a Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Canoas, o Rio Grande do Sul tem nove regiões na bandeira vermelha na rodada preliminar do modelo, divulgada nesta sexta-feira (26) pelo governo gaúcho.

Nesta segunda-feira (29), serão avaliados os recursos encaminhados pelos municípios que entraram na classificação de risco epidemiológico alto, que determina uma maior restrição no funcionamento do comércio e outras atividades. Em todas as regiões classificadas neste nível, pelo menos um município ou associação encaminhou recurso. Foram 67 pedidos de reconsideração nos dados. A vigência das novas bandeiras desta oitava rodada do distanciamento controlado vai desta terça (30) até a segunda-feira da próxima semana (6).

Mais de 25 mil infectados no RS

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou 19 óbitos por covid-19 no estado entre sábado e domingo. Já são 559 vítimas fatais desde o início da pandemia. Foram confirmados ainda 1.166 novos casos da doença, elevando o número de casos confirmados para 25.243.

Situação nas regiões

No total, 301 municípios ficaram com bandeira vermelha no mapa preliminar. Destes, 185 podem adotar protocolos previstos na classificação laranja, sem necessidade de recurso ou revisão da cor, porque não têm registro de hospitalização e óbito por covid-19 de morador nos últimos 14 dias. Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.

Somente as regiões de Taquara e Bagé se encontram em bandeira amarela. As regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Pelotas, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado, que já estavam, e Santa Rosa, que se encontrava em bandeira amarela, ficaram com bandeira laranja nesta rodada.

As regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa permanecem em bandeira vermelha pela segunda semana consecutiva. A região de Caxias do Sul, que esteve em bandeira vermelha na semana retrasada e em laranja na semana que se encerra, retorna à bandeira vermelha. Assim, as cinco regiões devem seguir a regra que diz que, se fossem classificadas na bandeira final vermelha por dois períodos consecutivos ou alternados dentro do prazo de 21 dias, só poderão ser reclassificadas para bandeira menos restritiva depois de preencherem os requisitos por, pelo menos, dois períodos consecutivos de mensuração.

Aumento de internações

O número de novos registros de hospitalizações por covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou aumento de 20%, passando de 512 para 613. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para covid-19, que passou de 365 para 478 – crescimento de 31%.

A quantidade de internados em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) passou de 366 para 459. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que alcançou 3.340. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres no último dia, o quantitativo reduziu de 587 para 264.

Macrorregião Metropolitana

Com as hospitalizações e a ocupação de leitos clínicos e de UTI para confirmados Covid-19 aumentando, a macrorregião Metropolitana permaneceu quase totalmente em bandeira vermelha. Apenas a região de Taquara, que tem apresentado bons indicadores desde o início da pandemia, conseguiu se manter na bandeira amarela, também por reflexo da trava de três hospitalizações na semana.

Os números de internados por Síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em UTI, de pacientes covid-19 em leitos clínicos (confirmados) e de pacientes covid-19 em leitos de UTI (confirmados) tiveram aumentos entre as duas semanas. Com relação à SRAG, havia 186 internados há sete dias e, agora, a quantidade de pacientes subiu 34%, passando para 250. No caso de leitos clínicos, o número de pacientes passou de 194 para 284, um aumento de 46,4%. Ainda, com relação aos internados por covid-19 em leitos de UTI, o aumento foi de 48%, passando de 121 para 179 pacientes.

Não apenas os indicadores que mensuram a velocidade do avanço na macrorregião apresentaram piora, mas também o relacionado à capacidade de atendimento se agravou. Enquanto na semana passada havia 1,73 leito de UTI livres para cada leito de UTI ocupado por paciente covid-19, nesta semana, o indicador passou para 1,46. No comparativo do número de leitos livres de UTI entre as duas quintas-feiras, se verificou aumento na capacidade para atender Covid-19, passando de 215 para 262.

Edição: Marcelo Ferreira