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Secretaria de Saúde do Paraná não cumpre medidas de prevenção

SindiSaúde vem denunciando que a pasta não está respeitado as regras de isolamento e distanciamento social

Curitiba (PR) |
Sesa vem se negando a liberar servidores para o teletrabalho - Diagramação: Vanda Morais I Foto: Giorgia Prates

Trabalhadores do grupo de risco trabalhando, aglomerações nos locais, refeitórios com pouco espaço, servidores fazendo refeições em frente ao computador e até mães tendo que levar seus filhos para o trabalho. Estas são algumas das denúncias que têm chegado até o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Paraná (SindSaúde-PR) e que foram apresentadas em reunião para o secretário de Saúde estadual, Beto Preto.

“Tudo isso porque a Sesa insiste em descumprir as orientações da Organização Mundial da Saúde e nega às servidoras e aos servidores o teletrabalho. Recusa-se a admitir soluções para mudança de jornada diária de trabalho, como redução e alternância de dias presenciais com teletrabalho. Será que a Sesa entende que os demais setores da sociedade é que devem se adaptar a estas mudanças e que as mesmas não se aplicam aos setores da própria Secretaria, que podem, e devem,se adaptar às exigências e às normas de segurança?”, questiona Olga Estefânia, presidente do SindSaúde.

Em entrevista para o Brasil de Fato Paraná, servidora de uma unidade administrativa da saúde (que não quis se identificar) relata que teve seu pedido indeferido para cumprir teletrabalho, já que não tem com quem deixar seu filho de 4 anos. “Eu cheguei então a levar ele junto para o trabalho, mas me barraram”, conta a servidora. 

O SindSaúde, em nota, destaca ainda que um dos assessores diretos do secretário teve teste positivo para o coronavírus, levando a gestão a realizar a desinfecção do prédio central. Mais um agravante para servidores que têm filhos,bem como os do grupo de risco. O SindSaúde já acionou o Ministério Público para que a SESA cumpra com a sua parte na proteção à saúde nesta pandemia e mude de atitude na gestão do trabalho, que ainda acumula atitudes de assédio moral nos locais onde deveria reinar a solidariedade e o reconhecimento do valor que têm as profissionais e os profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia.

Edição: Gabriel Carriconde