Paraná

SAÚDE

Conselho Estadual de Saúde é pressionado a fazer reuniões virtuais

Órgão discute medidas contra a pandemia, mas não aplica em seu funcionamento

Curitiba (PR) |
Conselheiros questionaram porque um órgão de saúde estaria desrespeitando regras sanitárias - Diagramação: Vanda Morais I Foto: Giorgia Prates

Segundo relatos de integrantes do Conselho Estadual da Saúde do Paraná, as reuniões realizadas, desde o início da pandemia do coronavírus, foram com a cobrança de presença obrigatória. Somente após pressão de conselheiros representantes da sociedade civil e sindicatos, em junho foi convocada a primeira reunião virtual.

Os conselheiros questionam por que um órgão da saúde não implementa medidas de prevenção ao coronavírus em suas reuniões. Grande parte de empresas, por exemplo, adotou o home office para evitar aglomeração.“Na última reunião, no mês passado (maio), os conselheiros foram chamados a estarem presentes. Deram a opção para quem não podia acompanhar  usar um aplicativo de celular.Isso foi feito sem orientação prévia e muitos não tinham acesso ao aplicativo”, relata uma conselheira.

Segundo ela, os integrantes do Conselho temem faltar porque podem ser depostos do cargo. “Que não conseguiu acessar o aplicativo foi à reunião para não ter faltas. Eu fui e presenciei aglomeração, não cumprimento de distanciamento e muitos representantes do governo sem máscara”, conta. Após pressão de conselheiros, foi marcada a primeira reunião virtual para a terça, 23 de junho. “A grande questão é que o Estado não pensou nos conselheiros. Pensou apenas que precisava ter quórum para aprovar suas questões. É contraditório discutir prevenção em nossas reuniões se a prática é outra”, diz a conselheira.

Edição: Gabriel Carriconde