Rio de Janeiro

Cultura

Coletivo do RJ cria cadastro de artistas para facilitar acesso à lei Aldir Blanc

Trabalhadores dos municípios de São Gonçalo e Itaboraí, na região metropolitana, serão beneficiados com o mapeamento

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Coletivo Ponte Cultural existe desde 2016 e atua nas áreas da cultura e educação nos municípios de Itaboraí e São Gonçalo - Foto: divulgação

Um projeto nas cidades de Itaboraí e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, está mapeando a produção local na área da cultura dos dois municípios para criar estratégias que gerem oportunidades de emprego e renda em eventos públicos e privados. A iniciativa pretende formar um banco de dados que facilite o cadastro e a elaboração de políticas públicas na área nas duas cidades. 

A ação é realizada pelo Coletivo Ponte Cultural, um movimento social do segmento da cultura com ações de impacto social, que surgiu em 2016. O grupo é responsável por diversos projetos culturais nos municípios de Itaboraí e São Gonçalo, como o Cine Tamoio - Festival de Cinema, a produção do longa metragem Proteção, além de saraus e cine clubes.

::No Dia do Cinema Brasileiro, a comemoração dá lugar à resistência::

No atual contexto de pandemia, a iniciativa do Coletivo Ponte Cultural do “cadastro dos artistas” facilitará o acesso dos trabalhadores da cultura ao benefício da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, aprovada recentemente pela Câmara e Senado Federal que prevê o repasse emergencial de R$ 3 bilhões a trabalhadores, espaços e equipamentos culturais durante a pandemia do coronavírus. A proposta ainda aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para começar a valer. A lei precisará do apoio das secretarias estaduais e municipais de cultura para auxiliar no repasse financeiro.

Segundo o diretor do movimento, Marcos Moura, o cadastro ajudará a revelar os principais aspectos da oferta e da demanda de bens e serviços culturais das duas cidades. “O cadastro vai facilitar, por exemplo, o contato entre os contratantes de serviços culturais e os artistas, além de elaboração de políticas públicas e projetos de leis que demandam dados como o mapeamento de artistas”, disse.

::Artigo | Cultura: primeiro setor atingido e último a retomar as atividades::

O projeto do banco de dados dos artistas e agentes culturais de Itaboraí e São Gonçalo é pioneiro e pretende sistematizar as informações para a construção de indicadores relacionados ao setor cultural. De acordo com a estudante de Estudos de Mídias da Universidade Federal Fluminense (UFF) e assessora de Educação do Coletivo Ponte Cultural, Isabela Nobre, o cadastro dos artistas é importante para mapear a diversidade cultural e artística das regiões, e, a partir desse ponto, elaborar melhores políticas públicas para a cultura.

“Vejo que as prefeituras estão atrasadas nesse assunto, e com isso perdem grandes oportunidades de fomentar a cultura em seus municípios”, declarou a estudante.

Os interessados em participar da ação, devem acessar e preencher o cadastro. As dúvidas podem ser enviadas para o e-mail [email protected]. O Coletivo Ponte Cultural  está localizado na Avenida Afonso Salles, 206, sala 309, 4° andar, Apolo II, em Itaboraí. 
 

Edição: Jaqueline Deister