Paraná

PANDEMIA

Servidores da saúde enfrentam sobrecarga de trabalho e assédio moral

Sobrecarga pela diminuição drástica de profissionais concursados e assédio moral são alguns dos problemas da categoria

Curitiba (PR) |
Além do contágio, os trabalhadores da sapude vem sofrendo com o assédio moral - Diagramação: Vanda Morais I Diagramação: Vanda Morais

No combate ao coronavírus, os trabalhadores da saúde no Paraná enfrentam, além da pandemia, condições adversas de trabalho. Sobrecarga pela diminuição drástica de profissionais concursados e assédio moral são alguns dos problemas levantados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná, SindSaúde.

Em março, início da pandemia, o SindSaúde já havia solicitado ao governo medidas como a contratação imediata de cerca de 4 mil profissionais para que se atingisse os pouco mais de 11 mil que deveriam estar a serviço da população em situações normais.

Agravando mais este cenário, há ainda o afastamento de servidores com suspeita ou confirmados de infecção por Covid-19, sem que sejam substituídos de forma adequada. Existem 112 funcionários suspeitos em isolamento domiciliar aguardando resultado de exame laboratorial e 39 casos já confirmados.

Perícia desconsidera recomendações médicas

Porém, segundo, o sindicato, há outro fator agravante nos pedidos de afastamento. Devido à pandemia, as perícias médicas têm sido realizadas de forma virtual.

E os resultados de pedidos de afastamento têm sido idênticos para a maioria das pessoas, infringindo a ética médica ao desrespeitar os atestados emitidos pelos médicos que acompanham o paciente.

O que tem obrigado trabalhadores a cumprir expediente mesmo com a necessidade de afastamento. O sindicato entrou com pedido para que esta prática seja imediatamente suspensa. 

Assédio Moral

Cobranças excessivas, autoritarismo e a tentativa de calar a voz de trabalhadores da saúde que reivindicam melhores de condições de trabalho também têm sido a prática de muitas chefias na saúde no Paraná. Segundo a presidente do sindicato, Olga Estefania Duarte Gomes Pereira, “têm sido várias as denúncias que o sindicato vem recebendo e para isso abrimos um canal de comunicação e atendimento. Temos gratidão pelas palmas recebidas em reconhecimento à importância do nosso trabalho. Mas é preciso transformá- las em forte apoio às nossas lutas por respeito e melhores condições de trabalho”, diz Olga.

Edição: Gabriel Carriconde