Uma das marcas de um governo neofascista é jogar sempre no ataque em nome do seu projeto, que é um projeto de retirada de direitos, de autoritarismo e de combate às organizações sociais. O resultado da postura de Bolsonaro é o Brasil como novo epicentro da crise e segundo país do mundo em número de mortes.
Desde o começo da pandemia de covid-19, Bolsonaro e sua pequena, mas ativa, base social, desrespeitam a política de distanciamento e prevenção. E vem ocupando as ruas para ameaçar os poderes judiciário, legislativo, governos estaduais e prefeituras.
Diante da forte ameaça à democracia e aos direitos sociais, integrantes do movimento negro, membros de torcidas organizadas, movimentos populares tiveram que ir às ruas nas duas semanas recentes. Em comum, a palavra “Fora Bolsonaro” consta em todos os atos. A repercussão nas redes sociais foi forte. Com isso, pesquisas de opinião já apontam aumento do número de pessoas desfavoráveis a manobras autoritárias como é uma intervenção militar.
Então, Bolsonaro vai se acalmar e focar no combate à pandemia e no auxílio às famílias mais pobres? Nada disso. O fascismo joga sempre no ataque. Por isso é preciso o “Fora Bolsonaro” e, literalmente, colocá-lo em impedimento.
Na manhã seguinte após o fechamento da edição, ocorreu a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro e homem de confiança do presidente, Fabrício Queiroz, acusado de organizar a “rachadinha” de salários do mandato parlamentar. O que apenas eleva ainda mais a crise e a contradição entre o núcleo fascista e perigoso do presidente em atrito com o poder judiciário.
Em nome da democracia, Bolsonaro deve sair.
Edição: Pedro Carrano