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MOVIMENTO

Sem provas, Prefeitura acusa movimento de moradia por aumento de criminalidade

Ocupação em Campo Magro tem poucos dias e enfrenta preconceito da administração

Curitiba (PR) |
A Prefeitura de Campo Magro diz que os ocupantes estão erguendo edificações e desmatando - Foto: Giorgia Prates / Diagramação: Vanda Morais

A Prefeitura de Campo Magro entrou com ação contra o município de Curitiba e a Fundação de Ação Social (FAS) pedindo urgência em medidas para acabar com a ocupação do Movimento Popular por Moradia (MPM) em Campo Magro. O imóvel ocupado é de Curitiba e foi cedido ao governo do Estado. Desde 2009, não possui função social.

A Prefeitura de Campo Magro diz que os ocupantes estão erguendo edificações e desmatando. Acusa, ainda, os ocupantes de contribuírem para o aumento da criminalidade. Sem comprovação, diz que “vem recebendo inúmeras ocorrências de delitos no município desde o final da semana passada, tais como furtos, roubos e homicídios.”

Para um militante do MPM ouvido pelo BDF-PR, o que a Prefeitura faz é uma atitude racista e discriminatória. “Estão tentando nos sufocar com mentiras. Estamos aqui há poucos dias e dizem que a criminalidade aumentou porque aqui tem pobres e ‘pessoas de cor.’ ”

Na segunda, a ação teve liminar favorável, determinando à Prefeitura de Curitiba e à FAS que tomem medidas para interromper obras de loteamento.

Edição: Gabriel Carriconde