Paraná

PANDEMIA

Cascavel tem maior crescimento da pandemia no estado, segundo pesquisa

A região de Cascavel é a segunda maior com incidência de casos de covid-19 no PR

Curitiba (PR) |
Frigorifico da cooperativa Coopavel possui 53 funcionários contaminados - Divulgação

A Covid-19 já atingiu 232 cidades no Paraná. Curitiba e Região Metropolitana têm 1.453 casos confirmados e 60 óbitos. A segunda região com maior incidência é a de Cascavel, com 468 casos e 9 óbitos. Em estudo feito pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (Coesp), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), de 14 de março a 26 de maio, Cascavel surge com a maior curva ascendente do Estado. Em 16 de maio, a prefeitura de Cascavel informou que a cidade já estava com 90% dos leitos de UTI para tratamento de Covid-19 ocupados.

Segundo o vereador Paulo Porto (PCdoB), um dos fatores do aumento de casos é a flexibilização do isolamento social. “O isolamento inicial garantiu certo fôlego. Mas, agora, Cascavel tem 98% do comércio funcionando. Com testes sendo aplicados, estamos nos tornando a cidade com maior número de casos de Covid-19 e na iminência do colapso do sistema de saúde.”

Outro problema apontado pelo vereador são os frigoríficos. “Somente a Coopavel possui hoje 53 funcionários contaminados”, conta. Enquadrados como serviços essenciais, empresas que processam carnes mantêm o funcionamento durante a quarentena e seus ambientes são propícios à disseminação do vírus por serem fechados, com baixas temperaturas, umidade e diversos postos de trabalho sem o distanciamento mínimo de segurança.

Médicos alertam

Em manifesto, médicos que atuam no Hospital Universitário Oeste do Paraná alertaram a população sobre os rumos preocupantes da epidemia. “Somos testemunhas do heroico esforço que nossa equipe tem feito para promover uma assistência de qualidade e com a segurança que a situação exige. No entanto, nos últimos dias claramente nossa batalha tem fi cado mais difícil, já que o número de casos vem aumentando de maneira impressionante. Temos um temor de chegarmos a níveis caóticos como os que devastam o sistema de saúde das grandes cidades brasileiras atingidas pela pandemia”, afirmam.

Edição: Gabriel Carriconde