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COLUNA DA JUVENTUDE: Anticomunismo: uma doença na história

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Coluna da juventude desta semana fala sobre o anticomunismo - Diagramação Vanda Morais
O ódio ao comunismo prolifera, mesmo que muitos não saibam o que é isso

Nas últimas semanas, notícias falsas de máscaras vindas da China com o vírus da Covid-19 fez com que conservadores se negassem ao uso, alegando que a contaminação seria intencional visto o plano chinês de dominar o mundo implementando o comunismo.

No interior de São Paulo uma mulher foi autuada por desrespeitar o decreto municipal, ela resistiu à prisão e chamou a Guarda Municipal de comunista. O ódio ao comunismo prolifera, mesmo que muito não saibam o que é isso.

A outra face desta moeda é o negacionismo, não existe doença, não existiu ditadura... tudo invenção! A minoria que acompanha os discurso de Bolsonaro faz carreatas pela reabertura do comércio e pede a volta do AI-5 para proteger o país da ameaça (novamente) comunista.

O anti-comunismo é antigo, começou com Hitler, em 1933, foi usado pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria e atualmente é resgatado por políticos como Trump e Bolsonaro.

Por que em meio à crise sanitária, econômica e política, ainda se esforçam para colocar o alvo nas costas desse tal comunismo? Parece que está em jogo manter ou não este sistema. Para eles o mundo precisa ter medo de toda alternativa que não seja a exploração. Para nós, a vida vem antes do lucro.

Ana Keil e Fernan Silva*
são militantes do Levante Popular da Juventude e pesquisadores na área de arte e linguagem

Edição: Gabriel Carriconde