Paraná

ECONOMIA

A mentira da infecção do dólar pelo coronavírus

Nossa economia está do tamanho que tinha em 2013. São sete anos perdidos

Curitiba (PR) |
A previdência e outras medidas foram aprovadas, mas o desemprego continuou - Giorgia Prates

O dólar explodiu na segunda-feira, 9/3, fechando o dia a R$ 4,75. A primeira “explicação” dos meios de comunicação comerciais (Globo e outros) é que se devia ao coronavírus, à crise mundial etc. Escondendo os “erros” da política econômica do Paulo “Posto Ipiranga” Guedes e de Bolsonaro, que eles apoiam. 

A nova gripe estressou as bolsas e mexeu no câmbio em muitos países. Mas, como nos casos fatais da doença, quem sofre os piores efeitos são aqueles que já estão mal de saúde. É o caso da economia brasileira. O real foi a moeda que mais perdeu valor no mundo em relação ao dólar em 2020. De 2 de janeiro a 14 de fevereiro, desvalorização de 6,22%. Antes ainda do desastre do começo de março. 

O que tem muito mais a ver com doença econômica interna que com o vírus chinês. Desde que o atual governo assumiu, em janeiro de 2019, os resultados são medíocres. O crescimento econômico ficou em 1,1%, em estagnação. Nossa economia está do tamanho que tinha em 2013. São sete anos perdidos. 

Voltando ao dólar. O governo começou com a moeda estadunidense a R$ 3,82 em 2 de janeiro. O tal do mercado e os mesmos meios de comunicação venderam a ideia de que o país chegaria ao paraíso econômico com as “reformas”, que o dólar cairia etc. 

A previdência e outras medidas foram aprovadas, mas o desemprego continuou na casa de 12 milhões de pessoas, a informalidade explodiu e todos os trabalhadores ficaram mais pobres. E o dólar passou da casa dos R$ 4 em agosto do ano passado, de onde nunca mais desceu. 

E é bom lembrar as datas. O primeiro caso de coronavírus na China é de 31 de dezembro de 2019. No Brasil, 25 de fevereiro de 2020. Antes disso a moeda americana já estava nas alturas por incompetência do governo e porque o tal mercado, que diz apoiá-lo, aproveita a fraqueza de Bolsonaro e Guedes para ganhar (muito) dinheiro. 

Edição: Pedro Carrano