Paraná

Mulheres

O primeiro ano do governo Bolsonaro na vida das mulheres

De realidades diferentes, elas citam os impactos do Governo

Paraná |
Rosana está desempregada e diz não ter visto melhorias em sua vida. - Giorgia Prates

Falta de perspectiva para o futuro, desemprego, mudanças na qualidade de vida e diminuição do poder aquisitivo são alguns dos impactos do primeiro ano do Governo Bolsonaro citados por mulheres entrevistadas pelo Brasil de Fato Paraná. Confira: 

 

Sara Lacerda, estudante, 17 anos “Vejo tudo desmoronando “Não tenho o que falar sobre futuro diante deste governo.”

Recém-formada no ensino médio, Sara Lacerda, 17 anos, está estudando para o vestibular de Medicina. O que ela deseja é ser aprovada e se dedicar para toda população. Mas, diz que não consegue pensar sobre o futuro diante do atual governo. "O primeiro ano do Bolsonaro foi um choque. Sempre me pergunto como posso ser a mudança, mas não tenho resposta diante do que estamos vendo acontecer," diz. Ela destaca que na área da saúde, do seu interesse, é só descaso. “O que estou vendo, como nova geração, é tudo desmoronando e falta de interesse no bem da população."  


Juçara Weiss, casada,  mãe e empreendedora  "O consumo e o poder aquisitivo diminuíram.” 

 

Em 2012, Juçara Weiss deixou seu emprego em uma multinacional para se dedicar à sua filha, recém-nascida. Na época, diz ela, não teve medo, pois o cenário era positivo. Optou em começar outra vida como empreendedora na área de comidas saudáveis.   Atualmente, tendo um empreendimento, vê com insegurança o atual cenário econômico. "Vejo pessoas tentando ter um negócio por total falta de oportunidade no mercado de trabalho. Mas, muita gente pagando para trabalhar,"  destaca. Para Juçara, as pessoas estão deixando de consumir. "O poder aquisitivo e o consumo diminuíram. Pessoas que tinham um razoável poder aquisitivo deixando de comprar, por exemplo,  comidas saudáveis e de boa qualidade. Se até pouco tempo, famílias comiam fora toda semana, agora é uma vez por mês."   

 

Rosana Orchanheski, casada, dois filhos e desempregada. "Não mudou nada para melhor.” (foto de capa)

  

Por oito anos, Rosana Orchanheski trabalhou como operária na área de produção em uma grande empresa do Paraná. Segundo ela, por motivos de redução de impostos, mudaram a linha de produção para outro estado, e assim a demitiram e mais outros funcionários. "Estou há mais de um ano buscando emprego,” conta. Mãe de dois filhos viu seu financeiro descontrolar e o desespero tomar conta. “Há uma semana entreguei mais um currículo para o ramo de produção. Estou na expectativa," diz Rosana.  Para ela, além da idade avançada e ser mãe, empecilhos na concorrência do mercado de trabalho, acha que o governo não ajudou. “Não mudou nada para melhor," lamenta. 

 

Edição: Frédi Vasconcelos