Entre tantas trapalhadas do governo Bolsonaro, é fato que uma das pastas que supera recordes nesta triste modalidade é a educação. O presidente e sua base de apoio mais sólida tem apontado desprezo pela importância da área. Exemplo disso foi o comentário presidencial de que os livros didáticos teriam “muito conteúdo”. Isso em um país em que a média de leitura não supera três livros por ano. A primeira gestão do ministério foi marcada como incompetente. O ministro Abraham Weintraub substituiu Ricardo Véllez, manteve o tom polêmico, mas não apresenta um projeto para a área.
Nesta semana, a paciência chegou ao limite e a hashtag “Fora Weintraub” ganha as redes sociais. Após um processo do Enem 2019 que apresentou falhas e reclamações de estudantes, em audiência na Comissão de Educação no Senado, Weintraub limitou-se a dizer que as reclamações partem de “militantes” e pessoas que desconhecem o sistema. O problema, de acordo com ele, teria sido apenas técnico em razão da troca de sistema de armazenamento.
Seu cargo é insustentável. Mas o problema continua sendo o fato de que Bolsonaro tem desprezo pelas seguintes áreas: cultura, educação e direitos dos trabalhadores.
Edição: Pedro Carrano