Paraná

EDITORIAL 153 PR

Editorial | Por que defender a greve dos petroleiros?

Privatizar a Petrobras faz com que o povo pague caro em gasolina e gás de cozinha

Curitiba (PR) |
Sem indústria, os desempregos se mantêm - Gibran Mendes

A disputa pelas riquezas do petróleo estouram no mundo todo. No Brasil, o conflito se dá entre a defesa de uma empresa púbica, que reverta a sua produção para todo o povo brasileiro, ou a concessão para exploração privada dos recursos naturais, gerando lucro apenas aos bancos. O fechamento e a privatização de várias refinarias em curso faz parte do desmonte que o governo Bolsonaro e sua política neoliberal defendem. Privatizar a Petrobras faz com que o povo pague caro em gasolina e gás de cozinha e faz o Brasil perder bilhões que deveriam ser investidos em áreas de Saúde e Educação. Milhares de trabalhadores podem ficar sem emprego, impactando também a economia de municípios e estados. A greve dos petroleiros, iniciada no dia 1 de fevereiro, exige a suspensão do fechamento e das cerca de mil demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR), em Araucária, e o cumprimento do acordo coletivo de trabalho. Sem indústria, os desempregos se mantêm e todo povo brasileiro é afetado. A sede da Petrobras no Rio de Janeiro está ocupada e a greve já alcançou 30 unidades, em doze estados, com a adesão de cerca de 18 mil funcionários, segundo a Federação Única dos Petroleiros. A mobilização têm apoio dos movimentos populares, em defesa dos trabalhadores e da soberania nacional.

Edição: Pedro Carrano