Rio Grande do Sul

DEFESA DA PETROBRAS

Contra fechamento da Fafen-PR e desmonte a Petrobras, petroleiros anunciam greve

Sindipetro-RS explicou os motivos da paralisação por tempo indeterminado em entrevista coletiva

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ato será realizado na segunda-feira (3) em frente à Refap, em Canoas (RS) - Foto: Divulgação Sindipetro/RS

Petroleiros dos 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciam, à zero hora deste sábado (1º), uma greve nacional por tempo indeterminado. O Sindipetro-RS concedeu uma entrevista coletiva em que apontou os motivos da paralisação dos trabalhadores do Sistema Petrobras.

Conforme o diretor administrativo e financeiro do Sindipetro-RS, Dari Beck Filho, uma série de problemas que vem ocorrendo, principalmente a ação da Petrobras de fechamento da Fafen-Paraná, causando desemprego cerca de mil trabalhadores e trabalhadoras. “Houve uma afronta direta ao acordo coletivo assinado no fim de 2019. Tem uma clausula que diz que a empresa deve se abster sem fazer demissões coletivas sem fazer uma negociação com os sindicatos. A única conversa que teve com o sindicato respectivo deles foi chamar os companheiros e a visar que naquele momento estava contando o prazo de até 90 dias para que todos fossem demitidos”.

Além disso, aponta Dari, há o processo da venda da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e de outras refinarias da Petrobras. “Há processo de venda de vários ativos, plataformas, campos de produção, é um desmonte que tem sido feito na empresa”. destaca, apontando que a greve terá boa adesão. “Aqui no RS, a greve foi aprovada de forma expressiva. Aqui tem preocupação objetiva da Refap, do Terminal de Osório e do Terminal de Canoas, que estão sendo vendidos. A Petrobras está indo embora do RS, apesar da atua gestão dizer que está preocupada com os trabalhadores. Temos uma demonstração clara com o processo da Fafen do tipo de preocupação que eles tem”, critica.

O presidente Sindipetro-RS e diretor da FUP, Fernando Maia da Costa, ressaltou que, no mês de dezembro, a categoria iniciou um movimento paredista em função do descumprimento de acordo coletivo. “Entendemos que a empresa ia tomar uma posição diferente a partir dessa greve de dezembro e o que se configurou foi exatamente o contrário. Ela intensificou o processo de desmantelamento do acompanhamento do acordo coletivo, desonrando o acordo que ela fez questão de provocar no Tribunal Superior do Trabalho”, afirma.

Conforme o petroleiro, o Sindipetro-RS vai promover um grande ato de apoio a greve em frente à Refap, na segunda-feira (3), a partir das 7h, em que vão participar também outras categorias e movimentos sociais.

Assista à entrevista coletiva:

Edição: Marcelo Ferreira