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Copel abre novo processo de demissões em meio a recorde de lucros

Empresa retomou programa enquanto teve lucro líquido de R$ 852,9 milhões em seis meses de 2019

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Novo PDI da Copel pretende "enxugar" a empresa em até 492 funcionários
Novo PDI da Copel pretende "enxugar" a empresa em até 492 funcionários - Arnaldo Alves / AEN

Continuando com a sua política de redução de funcionários para aumentar seus lucros, a Copel anunciou ao mercado financeiro, nesta terça (29), seu novo Programa de Demissões Incentivadas (PDI), que pretende enxugar a empresa em até 492 funcionários. O anúncio foi feito no momento em que 11 sindicatos que representam os trabalhadores negociam sua data-base e rejeitaram a proposta inicial da empresa.

De acordo com o comunicado, a expectativa da Copel é gastar R$ 85 milhões com as demissões, que devem ocorrer em duas etapas. A primeira entre 1º a 15 de novembro de 2019 e a segunda entre 16 e 30 de novembro de 2019. Os trabalhadores serão desligados de 1º e 15 de dezembro de 2019.

Para a Copel, as demissões promovem uma “potencial redução de R$ 142,1 milhões em custos anuais a partir de 2020”. Um valor baixo perto da arrecadação que a empresa de energia tem arrecadado neste ano. “No primeiro semestre de 2019, o lucro líquido foi de R$ 852,9 milhões, 19,9% superior aos R$ 711,2 milhões registrados no primeiro semestre de 2018”, revela o relatório da empresa.

Em 2018, as demissões incentivadas representaram R$ 91 milhões, o que representou a redução de “192 empregados nos últimos 12 meses”, calcula o relatório semestral. Atualmente, a empresa tem 7017 funcionários.

Edição: Lia Bianchini