Paraná

Copa do Brasil

Só eu sei por que não fico em casa

Colunista do Athletico do Brasil de Fato narra como foi viajar e assistir à conquista da Copa do Brasil

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Clube paranaense venceu o Internacional por 2 gols a 1, no último jogo do campeonato
Clube paranaense venceu o Internacional por 2 gols a 1, no último jogo do campeonato - Rômulo Cornelsen Teixeira

Viajar para ver o Furacão sempre foi um dos passatempos preferidos. Depois de estar em São Caetano naquele 23 de dezembro de 2001, coloquei na cabeça que não perderia uma decisão do Atlético. Desde então, sempre com o mesmo grupo de amigos, estivemos em alguns jogos em São Paulo e Campinas, no Brasileirão de 2004; no Beira-Rio e Morumbi, na Libertadores de 2005; em Paranaguá e Joinville, quando estivemos sem nossa Baixada; e no Maracanã, na Copa do Brasil de 2013. 

Desde São Caetano, no entanto, não íamos com vantagem para a decisão, o que deixou a confiança lá em cima. Saímos na madrugada, de carro, e chegamos a Porto Alegre na hora do almoço. O clima foi espetacular. Circulamos pela cidade com nossas camisas rubro-negras, sendo respeitados por colorados e incentivados por gremistas. Chegamos com tranquilidade ao estádio. 

E o que vivemos nas cinco horas dentro do Beira Rio foi mágico. Sofremos com a pressão inicial do Inter, mas sentimos que as lições das derrotas anteriores foram assimiladas e vimos o “time mais argentino do Brasil” controlar o jogo, ser implacável no único ataque do primeiro tempo e fazer um segundo tempo impecável. O nervosismo persistiu até o último minuto, pois eles jogavam por um gol, mas a sensação era de que aquele título não escaparia. E, para mostrar claro que não podemos mesmo ficar em casa em jogos como esse, fomos coroados com a jogada do Cirino, bem no canto do estádio onde estávamos posicionados, fazendo tudo valer a pena. Festa completa de 2,3 mil atleticanos que representavam 2 milhões. 

Mais 800 quilômetros de estrada para chegar em Curitiba na tarde seguinte e participar da festa na Baixada. Agora é curtir de sangue doce esse restinho de ano e preparar o bolso para a próxima viagem, porque, Libertadores, estamos chegando... 

Edição: Lia Bianchini