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Professores e funcionários de escolas suspendem greve no Paraná após 18 dias

"É uma segunda proposta que arrancamos com custo do governo do estado", afirma trabalhadora

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Em assembleia em frente à sede do governo do Paraná, professores e funcionários de escolas aprovaram a suspensão da greve
Em assembleia em frente à sede do governo do Paraná, professores e funcionários de escolas aprovaram a suspensão da greve - Pedro Carrano

Em assembleia da categoria, organizada em frente à sede do governo do Paraná, no Palácio Iguaçu, em Curitiba (PR), professores e funcionários de escolas da rede de ensino estadual aprovaram a suspensão da greve deflagrada há 18 dias. Ao mesmo tempo, a categoria aponta continuidade das mobilizações. Nova assembleia está agendada para o dia 10 de agosto, com o retorno do recesso da Alep. 

A assembleia deste sábado (13) é decisiva por se tratar de um segmento importante entre as 30 categorias em greve organizadas no Fórum das Entidades Sindicais (FES). O governo do Paraná tem uma dívida de reposição com o funcionalismo de 17%, decorrente do congelamento de salários desde 2016.

Na noite de setxa (12), o governo estadual ofereceu aos sindicatos uma contra-proposta oficial de 2% de reajuste inicial em janeiro de 2020 e parcelas de 1,5%, em 2021 e 2022 -- alcançando um total de 5%. 

A retirada do Projeto de Lei Complementar número 04/2019, que limitava a progressão em carreira do funcionalismo; comissão de saúde do servidor, auxílio-alimentação e vale transporte atualizados aos funcionários, alcançando cerca de 10 mil trabalhadores de escola, estão entre os itens analisados e considerados como avanço da luta pela maioria dos presentes na assembleia.

De um lado, houve o balanço de que o movimento grevista é forte e poderia avançar. Outras análises apontavam a fragilidade do período de férias escolares e recesso na Assembleia Legislativa; o cansaço dos grevistas e possibilidade de retomar a mobilização, entre outros fatores.

Nádia Brixner, funcionária de escola e dirigente da APP-Sindicato, faz o balanço de que, mesmo com limites, o acordo descongelou alguns itens da pauta do funcionalismo:

"É uma segunda proposta que arrancamos com custo do governo do estado. Ele apresentou aos deputados, que trouxeram ao fórum do servidores. Há um ponto que é crucial, que é a retirada do projeto 04/2019, que aniquilava a carreira dos servidores públicos e inviabilizava concurso público. A proposta não é boa, não é a proposta da categoria, mas nós descongelamos a data-base. Estávamos há seis anos com o vale-alimentação das funcionárias de escola, as merendeiras, congelado. Mas conseguimos arrancar uma proposta de reajuste do auxílio-alimentação e vale transporte", afirma ao Brasil de Fato

Edição: Redação Paraná