Paraná

EDITORIAL PARANÁ

Por que a greve dos servidores estaduais é justa?

O Paraná já conhece a violência ocorrida no dia 29 de abril de 2015, fruto da falta de negociação do ex-governador Richa

Brasil de Fato I Curitiba |
Uma greve mostra também que, se um professor não é valorizado, não tem como um serviço público de qualidade
Uma greve mostra também que, se um professor não é valorizado, não tem como um serviço público de qualidade - Joka Madruga

O Paraná mais uma vez vive dias de greve do serviço público estadual. A principal reivindicação do movimento é a reposição salarial, com reajuste de 4,94% dos 12 meses anteriores. As perdas acumuladas desde 2016 chegaram a 17%.

Porém, com seis meses de gestão, os sinais dados por Ratinho Junior são péssimos, ao não negociar com as categorias em greve e, além disso, mostrar a contraproposta apenas para a imprensa. Os 0,5% propostos para outubro e mais 4,5% parcelados até 2022, com condicionantes, foram vistos como “indecentes” pelos trabalhadores.

O Direito de Greve é um direito expresso na Constituição, ainda que sem a devida regulamentação do serviço público. É a luta do trabalhador pelos seus direitos básicos. Ao mesmo tempo, a greve do funcionalismo é uma forma de mostrar para a sociedade que é também por um atendimento de qualidade, contra a tentativa de governos de tornar educação e serviços mais caros e privados. Uma greve mostra também que, se um professor não é valorizado, não tem como um serviço público de qualidade. Todo trabalhador, afinal, merece valorização.

O Paraná já conhece a violência ocorrida no dia 29 de abril de 2015, fruto da falta de negociação do ex-governador Beto Richa. Que o novo governador não cometa os mesmos velhos erros.

 

Edição: Pedro Carrano