Paraná

Fazer algo

Luzes na Cidade | Elefante

Ele aparecia em meio ao caos ou ante a normalidade aparente que esconde a natureza do terror, visto como cotidiano.

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
E olhavam ao seu redor e sentiam que nada mais parecia tão mecânico e tinham uma vontade incrível de fazer algo.
E olhavam ao seu redor e sentiam que nada mais parecia tão mecânico e tinham uma vontade incrível de fazer algo. - Gibran Mendes

Vocês já ouviram a história do terrível elefante verde? Ele sempre estava ali! Permanecia com sua cara e seu JeitoDeGrandezaSelvagemImpossível. Aterrorizava a todos, absolutamente todos se sentiam aterrorizados, mesmo que alguns entendiam sua mensagem mais que os outros. Talvez todos entendessem, mas somente alguns estavam dispostos a encarar seu JeitoDeGrandezaSelvagemImpossível.  

Ele aparecia em meio ao caos ou ante a normalidade aparente que esconde a natureza do terror, visto como cotidiano. Ele aparecia em relapsos de segundos. Todos ficavam boquiabertos com sua presença. Temiam aproximar-se. Ele ficava ali, às vezes grunhia e relinchava ou mesmo miava. Só isso. Segundos. Apenas segundos e logo ele desaparecia.  

E as pessoas ficavam altamente incomodadas com o real tão insólito. E olhavam ao seu redor e sentiam que nada mais parecia tão mecânico e tinham uma vontade incrível de fazer algo. Mas que seria este algo? Será que o Elefante verde sabia o que era este algo? Ou você sabe? E, nós sabemos? E assim eles se sentiam altamente terrificados em ter de pensar em FazerAlgo.  

*Capítulo do livro Tocaia, Tocayo! a ser publicado em breve  

Edição: Laís Melo