Comoção

De luto pela morte de Vavá, Lula recebe visita de outro irmão, Frei Chico: “Ditadura”

Ex-presidente não pôde ir ao velório nesta quarta (30); irmão diz que Lula é um “sequestrado do Poder Judiciário”

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
"Foi ruim para a imagem do Brasil lá fora", diz Frei Chico sobre a decisão judicial que impediu Lula de ir ao velório de Vavá
"Foi ruim para a imagem do Brasil lá fora", diz Frei Chico sobre a decisão judicial que impediu Lula de ir ao velório de Vavá - Divulgação/Lula.com.br

“Ditadura do Poder Judiciário”. É assim que Frei Chico, irmão do ex-presidente Lula (PT), define o atual estágio de avanço do autoritarismo nas instituições brasileiras. “Eles só vão cumprir as leis quando tiverem medo do povo na rua. Vamos acreditar na justiça, mas não haverá mudanças concretas sem manifestação popular”.

Um dia após o sepultamento de Vavá, do qual Lula foi impedido de participar, Frei Chico esteve em Curitiba (PR) para visitar o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal (PF). Em seguida, conversou com a militância na Vigília Lula Livre e reafirmou a inocência do ex-presidente.

“Eles não têm como provar nada. Montaram uma história, e agora não tem volta, porque não eles têm explicações. Destruíram uma pessoa, acusando um monte de coisas, e as provas não existem. Existe umachismo”, denunciou na tarde desta quinta-feira (31).

Frei Chico lembrou que Vavá não pôde ir a Curitiba em decorrência do câncer, que o levaria ao óbito: “É triste ver um parente se acabando, querendo falar com outro, e não conseguir. A doença não deixava ele viajar”. A emoção foi ainda maior ao comentar a decisão judicial que autorizou Lula a se encontrar com a família somente minutos antes do sepultamento, com a condição de que o corpo fosse levado a uma unidade militar na região de São Bernardo do Campo (SP). “Ele não ia se sujeitar a esse esquema. ‘Um corpo visitar uma pessoa’… isso nunca existiu! Foi ruim para a imagem do Brasil lá fora”, analisou.

Antes de se despedir da Vigília, Frei Chico deixou um alerta sobre as ameaças à soberania nacional: “O Lula é especial. Ele é um sequestrado do Poder Judiciário brasileiro, que deve estar defendendo interesses escusos. E não é interesse dos brasileiros”.

Nesta quarta-feira, a Vigília Lula Livre completou 300 dias de resistência em frente a Superintendência da PF, no bairro Santa Cândida, em Curitiba (PR).

Edição: Brasil de Fato