O ex-governador Beto Richa (PSDB) foi preso novamente. Sua primeira prisão ocorreu as vésperas do primeiro turno, pelo Gaeco, em operação que investiga desvios de recursos no Programa Patrulha do Campo. Dessa vez, no entanto, o tucano foi preso no âmbito da Lava Jato. Além de Richa, foi preso o ex-contador Dirceu Pupo Ferreira.

A prisão do ex-governador ocorreu em sua casa. O pedido foi realizado  juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, e integra a Operação Integração, que investiga desvios na concessão de rodovias do Anel de Integração. O pedido de prisão foi realizado pelo Ministério Público Federal (MPF).

No pedido, a prisão foi determinada porque o “ex-governador e de sua cúpula política no comando das negociações espúrias e na arrecadação de vantagens indevidas perante as empresas concessionárias de pedágio. Beto Richa foi beneficiado com pelo menos R$ 2,5 milhões com recursos recebidos em dinheiro vivo, que foram usados para aquisição de, pelo menos três imóveis”, alegam os promotores.

Além da prisão preventiva, foi pedida a apreensão de celulares. “Considerando os fortes indícios já analisados quanto à prática de crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, sendo provável que nos celulares dos investigados sejam identificados atos de comunicação sobre os crimes investigados e sobre as condutas relacionadas à tentativa de embaraçar as investigações em curso, a apreensão dos celulares revela-se como medida imprescindível à colheita de provas”.

Operação Integração prendeu já havia prendido irmão de Beto Richa

Nessa mesma operação, o irmão do governador, Pepe Richa, já havia sido preso. Mas o ministro do STF, Gilmar Mendes havia mandado soltá-lo. Mendes também concedeu a liberdade a Beto, após ele ter sido preso pelo Gaeco.

Moro não quis prender Beto Richa

A Operação Integração faz parte da operação Lava Jato. No entanto, o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, não quis prender o ex-governador Beto Richa. De acordo com o Conjur, “em abril de 2018, o MPF ofereceu denúncia contra 18 investigados na operação integração. Como a “integração” foi iniciada como uma fase dentro da “lava-jato”, a denúncia do MPF foi oferecida perante o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, que é o responsável por julgar todas as ações penais relativas à operação”.

No entanto, em junho de 2018, o juiz Sérgio Moro, após acatar a denúncia, determinou a livre redistribuição do processo que agora está com a 23ª Vara Federal. Na oportunidade, ele alegou excesso de trabalho.

Edição: Laís Melo