Paraná

Eleições 2018

De olho nas propostas: Teto de gastos ameaça saúde de qualidade

Mudanças no perfil da população brasileira também indicam que os gastos com saúde deveriam aumentar em vez de diminuir,

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Garantir verbas é fundamental para uma saúde pública de qualidade.
Garantir verbas é fundamental para uma saúde pública de qualidade. - Secom BR

O Brasil de Fato Paraná escolheu oito áreas que mexem diretamente com sua vida e consultou especialistas para saber o que deve ser feito nos próximos quatro anos na saúde, educação, segurança, economia etc. num programa progressista de governo. Confira as dicas e, antes de votar, compare com o que seu candidato a presidente, governador, senador e deputado defende.

Saúde

Garantir verbas é fundamental para uma saúde pública de qualidade. O posicionamento em relação a essa questão deve ser observado pelos eleitores na hora de escolher seus candidatos. A aprovação da emenda constitucional de Michel Temer, que limitou os gastos federais com saúde por vinte anos desrespeita o trabalhador ao piorar a estrutura pública de atendimento. “Observar como partidos e candidatos se comportaram em relação a essa emenda é central para definir os voto nesta eleição”, diz Manoela Lorenzi, nutricionista e militante em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Candidatos que são a favor do teto dos gastos, na prática são contra a saúde pública de qualidade. “A restrição de gastos pelos próximos vinte anos vai restringir os atendimentos, os concursos públicos e os reajustes dos servidores”, observa Manoela. Se prevalecer essa visão de corte de gastos, teremos o esvaziamento progressivo do SUS. 

As mudanças no perfil da população brasileira também indicam que os gastos com saúde deveriam aumentar, em vez de diminuir, como querem os que estão no poder. “A gente tem observado o envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas não transmissíveis, que exigem atendimentos mais complexos. Diabetes, hipertensão e obesidade exigem investimentos em prevenção, o que é impossível sem recursos públicos”, explica Manoela. 

 

                                                                                                                                     

Edição: Laís Melo