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“Nestas eleições, os brasileiros têm que se manter firmes", diz Aleida Guevara

A médica cubana, filha de Che Guevara, visitou o Armazém do Campo no Rio de Janeiro e falou sobre política nacional

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Filha dos revolucionários Che Guevara e Aleida March, Aleida participou de um café da tarde com o MST no Armazém do Campo do Rio de Janeiro
Filha dos revolucionários Che Guevara e Aleida March, Aleida participou de um café da tarde com o MST no Armazém do Campo do Rio de Janeiro - Jaqueline Deister

Na última segunda-feira (1), o Armazém do Campo do Rio de Janeiro recebeu para uma roda de conversa a médica cubana Aleida Guevara. Com uma trajetória marcada pelo combate à desigualdade social, a filha dos revolucionários Che Guevara e Aleida March falou sobre a conjuntura política do Brasil, a importância dos movimentos populares e lembrou que as eleições brasileiras ocorrem um dia antes do aniversário de morte do seu pai.

Após visitar a Vigília Lula Livre, na cidade de Curitiba, no Paraná, Aleida fez uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro. Um dos motivos da vinda ao estado foi ver de perto a finalização da obra do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em Maricá.

A médica destacou que é importante neste momento do país equipamentos de saúde públicos serem inaugurados. Para Aleida, o Brasil passa por uma onda de retrocesso que está sendo respondida pelo povo com mobilização massiva nas ruas e isso terá um reflexo nas urnas.

“Eu não esperava uma manifestação tão grande das mulheres em quase todas as cidades mais importantes do país. Isso significa que há uma vontade e sentimento do povo que está se expressando. Eu acredito que a direita não tem tanta força. Como dizia José Martí, o que se passa realmente é que o ‘mal triunfa quando os bons são indolentes’”, destacou.

Ainda sobre a conjuntura brasileira, Aleida se emocionou ao recordar da trajetória de luta e do assassinado de seu pai que completa mais um ano no dia oito de outubro.

“As eleições deste país ocorrem no dia 7 de outubro e em 8 de outubro meu pai foi assassinado. O que eu digo ao povo brasileiro é que neste sete de outubro se mantenham firmes ao lado do meu pai para podermos seguir transformando este mundo em um lugar melhor”, ressaltou.

Após a visita ao Rio de Janeiro, Aleida Guevara seguiu para São Paulo onde participou de uma atividade no Armazém do Campo paulistano.

Edição: Mariana Pitasse