No dia 23 (sábado), no entorno da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente está detido como preso político, Tainá Andere participou de roda de conversa na Vigília Lula Livre, explicando as possibilidades da cura natural pelo uso de plantas, a cultura das benzedeiras e sinalizou como a indústria de alimentos contamina a saúde da população.
Após o “Boa tarde, presidente Lula”, a moradora da Lapa, uma das cidades mais antigas do Paraná, resgatou a importância do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para a agroecologia. “Devemos muito a esse grupo da luta rural que está presente no acampamento a favor do presidente Lula”, explica.
Cura para enfermidades
No trajeto, no qual caminha 5km para pegar o ônibus, recolheu da terra as plantas que levou para ensinar aos acampados a preparar chás para diferentes enfermidades, explicando como usar as propriedades medicinais de folhas e ervas para a cura de problemas como cataratas, anemia, entre outros males. Para ela, levar o conhecimento da cura por meio do uso das plantas naturais “é uma forma de dar força aos companheiros que estão resistindo por uma causa que é de todos”, conta.
Ao longo da conversa, denunciou os prejuízos causados pela indústria alimentícia no corpo humano, mas com destaque aos alimentos naturais, que durante o plantio são sobrecarregados de agrotóxicos. “A indústria alimentícia de forma geral está lá pelo capital e não pela nossa saúde”. E citou o exemplo da erva novalgina. “A indústria farmacêutica pegou algo da terra e inseriu no mercado industrial”, explica. Para Tainá, esse resgate da cura natural é uma forma de conscientizar a população para consumir os alimentos e produtos de forma mais crítica.
A união da esquerda
Para Tainá, a resistência no acampamento que luta pela liberdade do ex-presidente é fundamental. “Ele conseguiu algo muito importante, que foi unir a esquerda em prol do nosso direito democrático”, comenta. Destaca ainda que o golpe contra Dilma Rousseff cerceou o voto da maioria e que todo o processo que o ex-presidente está sendo submetido é uma forma de recusar esse mesmo direito do povo em votar nele nas próximas eleições.
“Nós escolhemos ela e hoje o povo quer escolher o Lula para estar lá em 2018”, diz. Segundo Tainá, a crise política que o país enfrenta é sustentada pelos grupos que estão no poder hoje, desfavorecendo os direitos conquistados pela população brasileira.
Edição: Pedro Carrano