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Cidadania

Doações de alimentos: vínculo da Vigília Lula Livre com a sociedade 

A organização já tomou também medidas para que a vigília não interfira na rotina dos moradores 

Brasil de Fato | Curitiba (PR)  |
Espaço foi modificado para atender as autoridades e melhorar o convívio com comunidade
Espaço foi modificado para atender as autoridades e melhorar o convívio com comunidade - Foto: Joka Madruga

Desde que Lula foi levado à superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, no dia 7 de abril, manifestações que pedem sua liberdade acontecem diariamente.

Florisvaldo de Souza é um dos coordenadores da Vigília Lula Livre e reforça o objetivo do acampamento: aguardar a saída do ex-presidente. "Lula é inocente e nós só vamos sair daqui com ele nos braços do povo", afirma.

No último dia 18, uma liminar assinada pelo juiz Jailton Juan Carlos Tontini pede a remoção de quatro barracas do acampamento, inclusive com uso de força policial.

Hoje, em vista do mandado judicial, as organizações reforçam a adaptação do espaço ao combinado com as autoridades. Além de reforçar o direito ao uso da chamada “praça Olga Benário” diariamente, de onde são realizadas as saudações em coro de "bom dia", "boa tarde" e "boa noite, presidente Lula”.

O militante conta que a organização já tomou medidas para que a vigília não interfira na rotina dos moradores da região, como retirar os banheiros químicos e limitar para duas barracas, essenciais para o acolhimento da imprensa e recebimento de doações de alimentos e roupas. 

300 refeições diárias

Cleonisse Kossmann, responsável por receber as doações, contou que é a partir delas que são produzidas, em média, 300 refeições diárias, incluindo café da manhã, almoço e jantar. Mas explica que produtos do dia a dia, como pão, carne, legumes e frutas fazem mais falta.

"Nós recebemos muita doação de alimentos não perecíveis, mas os perecíveis não são suficientes para alimentar os nossos companheiros", comenta. 

Os interessados em apoiar o movimento podem levar esses produtos nas proximidades da Polícia Federal, na rua Guilherme Matter, no bairro Santa Cândida, região norte da capital.

Edição: Pedro Carrano