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O abecê do título do Operário na Série D

Três fatores explicam a conquista inédita do Fantasma

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Operário levantou a taça diante da fanática torcida de Ponta Grossa
Operário levantou a taça diante da fanática torcida de Ponta Grossa - Assessoria CBF

No último fim de semana, o Operário-PR tornou-se o primeiro clube do Sul do país a levantar a taça do Brasileirão da Série D. O título foi considerado uma zebra, mas não um golpe de sorte. Essa façanha pode ser explicada a partir de três escolhas decisivas: da diretoria, do treinador e da torcida de Ponta Grossa. 

A primeira bola dentro foi manter Gerson Gusmão como técnico e dar um voto de confiança aos principais jogadores do elenco após o rebaixamento no estadual de 2016. Mais da metade do time que iniciou a Série D está no clube desde o ano passado. A diretoria também acertou ao completar o plantel com jogadores experientes em competições nacionais, como o meia Athos, de 36 anos. Embora sem o fôlego de outros momentos da carreira, ele assumiu a camisa 10 e se tornou referência no setor de criação. 

O maior mérito do treinador foi acertar a zaga nos treinos que antecederam o início da competição. Foram apenas três gols sofridos na primeira fase. No primeiro jogo da semifinal, contra o Atlético-AC, a organização defensiva também fez a diferença. Com dificuldades para finalizar a gol, Gusmão foi prudente ao recuar as linhas de marcação e segurar o empate em 0 a 0, para decidir a vaga em casa.  

O terceiro e último fator a ser levado em conta é o papel da torcida. O título estadual de 2015 foi uma injeção de ânimo tão grande na cidade que nem o rebaixamento no ano seguinte foi capaz de diminuir o entusiasmo dos ponta-grossenses. Houve críticas e protestos em momentos pontuais, mas o torcedor escolheu apoiar, e isso se refletiu em números na Série D - dos oito jogos em casa, o time venceu sete. 

Para permanecer na Série C ou alçar voos maiores, a fórmula é a mesma: apostar na permanência dos líderes do grupo, “fechar a casinha” fora de casa e transformar o Germano Krüger em um caldeirão. 

Edição: Ednubia Ghisi