Paraná

Aposentadoria

Editorial | Reforma da Previdência, o retorno

Decisões sobre as trabalho e aposentadoria não podem seguir a lógica dos interesses privados dos que estão no poder

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
As mobilizações de rua nos chamam para resistir à Reforma da Previdência e aos outros ataques deste governo
As mobilizações de rua nos chamam para resistir à Reforma da Previdência e aos outros ataques deste governo - Editorial J

Voltou à agenda política nacional, nesta semana, a votação da Reforma da Previdência. Segundo Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda, o Governo espera que a proposta seja votada na Câmara dos Deputados em outubro.

A proposta estava parada desde maio, mês em que Temer foi delatado por receber pagamento de milhões em propina e caixa dois. Com o escândalo, abriu-se a possibilidade de afastamento do presidente golpista. Entrou em jogo novamente a disputa pela sucessão presidencial. O Governo – que, antes disso, já tinha mais de 90% de rejeição entre os brasileiros – acabou perdendo também o apoio parlamentar necessário para a tramitação da Reforma.

Agora com a poeira mais baixa, Temer volta a insistir na Reforma da Previdência. O mais importante é que as alterações propostas não passam de uma brutal retirada de direitos, que tornariam a aposentadoria mais distante e mais precária. Ou seja, mais trabalho e ainda menos descanso.

Em vez de priorizar uma reforma tributária substancial, taxando grandes fortunas por exemplo, as medidas de ajuste fiscal de Temer prejudicam duramente os mais pobres. Em linhas gerais, ganham com isso sobretudo os bancos, com a venda de produtos financeiros, e o Governo, com a liberação de caixa para a realização de seus projetos pessoais.

O povo trabalhador precisa deixar claro que as decisões sobre as condições de trabalho e aposentadoria, sobre nossas vidas, não podem seguir esta lógica dos interesses pessoais de um presidente ilegítimo. Além de estar até o pescoço em esquemas de corrupção, Temer está colocando o Brasil à venda com sua agenda de privatização e retirada de direitos sociais. As mobilizações de rua nos chamam para resistir à Reforma da Previdência e aos outros ataques deste governo. É lá que poderemos mostrar a nossa força e o nosso desejo de um projeto popular para o Brasil.

Edição: Guilherme Uchimura