De seis Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba, com previsão de entrega para 2017, três estão hoje com as obras paralisadas. Já de 12 CMEIs que foram concluídos, dez estão sem funcionamento.  

No dia 28, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto do prefeito Rafael Greca (PMN) que abre espaço para a terceirização de equipamentos da saúde e também de CMEIs.  

Entidades sindicais da área criticam o fato de que a medida é uma forma de Greca preencher os equipamentos públicos vazios sem a devida contratação de servidores especializados via concurso público.  

Obras paradas prejudicam mulheres  

Nas regiões de CMEIs paralisados ou sem uso, é comum que mulheres mães não consigam voltar ao trabalho por falta de vagas em berçários. É o caso da professora de educação infantil Pâmela*, na região do Caiuá, zona sul de Curitiba, onde dois equipamentos estão prontos e sem uso.  

Pâmela viveu os dois lados do problema: não pôde trabalhar por não encontrar vaga em nenhum CMEI. E ainda recebeu advertência da prefeitura devido às faltas no trabalho. “Fiz a inscrição da minha filha para vaga no CMEI onde trabalho e também em um próximo que estava para ser inaugurado. Em agosto, como não fui chamada nesses dois CMEIs, fiz a inscrição em mais três da região próximos à minha casa. Tinha que voltar a trabalhar no final de setembro, mas não tinha condições de pagar uma escolinha particular”, protesta.  

Quadro geral

Há dez Cmeis parados, mesmo depois da conclusão e inauguração: Francisca Wilsek (Caiuá); Maria do Rocio Ramina Maestrelli (Caiuá); Jornalista Mussa José de Assis (Ganchinho/ Bairro Novo); Ivo Arzua (Ganchinho/ Bairro Novo); Campo do Santana (Timbori); Campo de Santana (Rio Bonito); Moradias da Ordem; Moradias Rio Bonito IV  

Em funcionamento: Cmei São João; Cmei Jardim Futurama 

Edição: Ednubia Ghisi