Solidariedade

Após mutirão, Campo de futebol de Escola do MST será inaugurado em setembro

Construído com financiamento coletivo e mutirões, espaço está pronto para receber público

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O campo da escola vai receber jogos de futebol e também acolher o público em reuniões e debates
O campo da escola vai receber jogos de futebol e também acolher o público em reuniões e debates - Partido dos Trabalhadores

A construção do campo de futebol da ENFF, a Escola Nacional Florestan Fernandes está na reta final. No último domingo (09), um mutirão reuniu cerca de 100 militantes do Levante Popular da Juventude para auxiliar a finalização o projeto. A ENFF é uma escola de formação idealizada pelo MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, localizada na cidade Guararema, no interior de São Paulo. 

David Martins, militante do Levante no Rio Grande do Sul, participou do mutirão para finalizar as laterais do campo."Estudantes de vários cursos ao longo de suas etapas contribuíram nos finais de semana, no dia de descanso, para realizar a construção deste espaço do campo. E agora, no final, além do Levante, a gente contou também com a participação da solidariedade internacional do comitê de amigos do MST", diz Martins que  acredita que o espaço vai contribuir para a integração das turmas  de diversas organizações e países que fazem curso na escola.

O campo da escola vai receber jogos de futebol e também acolher o público em reuniões e debates. O cantor e compositor Chico Buarque está confirmado para participar da inauguração do campo marcada para o dia 2 de setembro. Na ocasião, haverá um ato político e apresentações culturais. 

A iniciativa da construção é da Associação de Amigos da Escola Florestan Fernandes em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. A obra foi financiada coletivamente através da plataforma Catarse. Com a colaboração de 602 pessoas, foram arrecadados R$ 67.200 reais, superando a meta inicial de R$ 60 mil. 

"No caso da própria escola nacional, desde sua concepção até a sua própria edificação e todos os trabalhos que são desenvolvidos desde a sua inauguração, a gente tem como um valor central a solidariedade, desde da parte simbólica, da subjetividade da construção e do pensamento como as coisas serão,  até a sua auto-execução. Não diferente, o campo também entra nesse eixo da solidariedade", destaca Giovani del Prete, assessor de relações públicas da Associação.

O campo leva o nome de Doutor Sócrates Brasileiro em homenagem ao jogador que lutou pela redemocratização do país, um dos precursores da “democracia corinthiana".

Edição: Camila Salmazio