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Editorial | Governo Temer é um poço sem fundo

Sob o governo Temer, o país está afundado em uma economia em recessão, sem confiança dos investidores

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Os escândalos na mídia se somam a cada semana. A ilegitimidade apenas cresce. O que falta para Temer cair?
Os escândalos na mídia se somam a cada semana. A ilegitimidade apenas cresce. O que falta para Temer cair? - Lula Marques - AGPT

Parece brincadeira de mau gosto, mas já anunciamos várias vezes que o governo Temer chega a um beco sem saída. Os escândalos na mídia se somam a cada semana. A ilegitimidade apenas cresce. O que falta para Temer cair?

A delação premiada de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, aponta o presidente ilegítimo como beneficiário de propina do grupo. O ex-deputado Rocha Loures (PMDB) teria sido seu intermediário, flagrado com um malote de R$ 500 mil supostamente para este fim.

A partir de apresentação dessa denúncia pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, a acusação de corrupção passiva é enviada à Câmara dos Deputados, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ali Temer poderá se defender. Depois, se dois terços dos deputados autorizarem a abertura do processo, Temer é afastado por 180 dias, e o Supremo Tribunal Supremo (STF) faz a análise jurídica das denúncias.

Sob o governo Temer, o país está afundado em uma economia em recessão, sem confiança dos investidores, com apenas 2% de aprovação, de acordo com pesquisa do site Poder 360. Por outro lado, na Câmara dos Deputados, os governistas formam uma base de apoio movida por interesses econômicos – os mesmos que traíram o governo de Dilma Rousseff (PT) –, e querem resolver o quanto antes o tema das denúncias. 

É fato também que as mobilizações de rua ainda são insuficientes para dar uma saída para a crise. Mas a greve geral do dia 30 de junho e as lutas precisam crescer. A luta é por eleições diretas, comprometendo o próximo presidente a convocar uma Constituinte para mudança do atual sistema político, onde caixa de empresas e de campanhas políticas se confundem.

Edição: Brasil de Fato Paraná