Desigualdade entre gêneros

Mulheres representam apenas 4,2% dos CEOs da América Latina

Países como Argentina e Brazil têm proporção menor de empresas de grande porte com uma mulher no topo da direção

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Região, no entanto, tem potencial para ter mais mulheres no topo das empresas
Região, no entanto, tem potencial para ter mais mulheres no topo das empresas - Patrícia Cruz/Sebrae-SP

Somente 4,2% dos CEOs (Chief Executive Office) da América Latina e Caribe são mulheres, segundo estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT.

Países como Argentina, Brasil e México têm uma proporção menor de grandes empresas com uma mulher no topo da direção, na comparação com ilhas caribenhas. Nas companhias de larga escala de São Vicente e Granadinas, por exemplo, 53% das diretoras-executivas são mulheres.

Liderança

Em média, as mulheres latino-americanas representam apenas 8,5% dos integrantes dos comitês executivo das grandes companhias, sendo que quase metade desses comitês têm apenas homens participando.

Mas a OIT acredita que a região tem potencial para se tornar líder global em diversidade de gênero no setor trabalhista. A participação das mulheres na força de trabalho vem crescendo na América Latina e no Caribe na última década e chegou a 49,7% no ano passado.

Para a agência da ONU, essa é uma prova de que "mais mulheres da região conquistaram seu caminho no mercado de trabalho".

Gerentes

Sobre cargos de gerência, o estudo revela que na maioria dos países latino-americanos e caribenhos, mais de 30% das gerentes são mulheres. Em algumas nações, a taxa chega a 40%, igual aos índices observados na Europa e na América do Norte.

A Jamaica é o país do mundo com a maior proporção de mulheres na gerência de empresas: 59%. Em Belize, Ilhas Cayman e Colômbia, o índice também supera os 50%. No Brasil, a proporção é de quase 35%.

A OIT lembra que ainda existem diferenças salariais entre homens e mulheres e recomenda às empresas a promoção da diversidade de gênero em todos cargos, não apenas no topo.

Edição: Rádio ONU