Dia 28 de abril é a data convocada pelas centrais sindicais de todo o país para uma greve geral. Trata-se da terceira desde os anos 80, o que geralmente ocorre em épocas como a de hoje, de crise econômica e retirada de direitos.
A greve geral anterior ocorreu há 28 anos, em março de 1989. Foi a segunda naquele ano contra o governo de José Sarney (PMDB) e sua política econômica marcada por inflação e desemprego, mobilização que somou 35 milhões de trabalhadores.
Agora, em especial, também se recorda uma das greves gerais de maior impacto na história do movimento dos trabalhadores, ocorrida em 1917. À época, a organização dos trabalhadores urbanos apenas começava.
Muita coisa mudou nas condições de trabalho desde então. Novos trabalhos surgiram, do setor de serviços ao telemarketing. Estamos diante de um governo que busca retirar, numa tacada só, a aposentadoria, os direitos trabalhistas e o vínculo de contratação, por meio das terceirizações.
As preparações do movimento de paralisação aconteceram nos atos dos dias 15 e 31 de março, com grande participação da população. A mobilização continua nas próximas semanas, nos locais de trabalho, nos pontos de ônibus, nos bairros, nas escolas e universidades. Temos a chance de entrar para a História com uma nova greve geral, por nenhum direito a menos, que coloque os interesses dos trabalhadores em primeiro lugar.
Edição: Brasil de Fato PR