Envelhecer com dignidade é um direito de todos nós. Este direito, difícil de ser alcançado pela maioria dos brasileiros, corre mais risco com a reforma da previdência, proposta pelo presidente ilegítimo Michel Temer.
Para as mulheres, a situação é pior. A reforma eleva a idade de aposentadoria de 60 para 65 anos, igualando aos homens. Não se leva em consideração que elas trabalham mais e em condições, muitas vezes, mais precárias. O IBGE indica que, se somadas as jornadas de trabalho dentro e fora de casa, as mulheres trabalham quase 5 horas por semana a mais que os homens.
A proposta também estabelece o mínimo de 25 anos de contribuição para receber benefício no valor de apenas 76% da média arrecadada. Para chegar ao valor de 100%, os trabalhadores devem pagar o INSS por 49 anos. Só que, no Brasil, as mulheres ganham 25% menos que os homens, o que diminui o valor de contribuição. O resultado é uma aposentadoria menor.
A reforma da previdência vai ampliar o tempo de trabalho das mulheres e dificultar o acesso de todos os trabalhadores aos benefícios. O enfrentamento desse retrocesso, que apenas serve para aumentar as desigualdades sociais, só vai se dar com mobilização social.
Edição: 25