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Saúde

Ministro da Saúde não vai distribuir vacina contra a dengue pelo SUS

Segundo o ministro, cada estado deverá comprar as doses, se achar necessário

Curitiba |
A declaração frustra a possibilidade de atenuar a epidemia da doença, que já registrou 802.249 casos até 2 de abril.
A declaração frustra a possibilidade de atenuar a epidemia da doença, que já registrou 802.249 casos até 2 de abril. - Daniel Guimarães/Fotos Públicas

O Ministro interino da Saúde, Ricardo Barros (PP), do Paraná, afirmou que a vacina contra a dengue não será ofertada gratuitamente pelo SUS. Segundo o ministro, cada estado deverá comprar as doses, se achar necessário. Barros foi deputado federal (PP) e é casado com a vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti. 

A declaração frustra a possibilidade de atenuar a epidemia da doença, que já registrou 802.249 casos prováveis até o dia 2 de abril, de acordo com boletim epidemiológico publicado pelo próprio Ministério da Saúde. Em 2015, 1,59 milhão de casos de dengue foram registrados no Brasil.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (25) a liberação da venda da primeira vacina contra a dengue disponível no país. Batizada de Dengvaxia, a vacina vai custar de R$ 132,76 a R$ 138,53, de acordo com alíquota de cada estado. A única com registro na Anvisa, a vacina foi desenvolvida por um laboratório francês e protege contra os quatro tipos de dengue registrados no Brasil.

55 mil casos no Paraná

Nesta semana, o governo do Paraná divulgou o boletim da dengue em que noticia a marca de 55.600 casos da doença. Paranaguá é o município com maior incidência: mais de 16.300 casos, quase 30% do total do estado. O governo estadual vai disponibilizar 500 mil doses da vacina para as 30 cidades mais afetadas pela dengue.

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